Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam que, enquanto, nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, no Brasil o crescimento foi de 190%. Em 2008, o Brasil assumiu o posto de maior mercado mundial de agrotóxicos. Cerca de 430 ingredientes ativos e 2.400 formulações de agrotóxicos são atualmente permitidos no Brasil.
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Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos, segundo análise de amostras pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da ANVISA, sendo que 28% apresentaram ingredientes ativos não autorizados ou ultrapassaram os limites máximos considerados aceitáveis para consumo.
As principais consequências à saúde humana decorrentes da utilização de agrotóxicos nos alimentos compreendem desde neurotoxicidade e desregulação endócrina até mutação genética levando ao desenvolvimento de câncer.
Parte dos agrotóxicos utilizados pode se acumular no organismo humano, inclusive no leite materno. O leite contaminado, ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar problemas de saúde aos bebês, pois eles são vulneráveis a esse tipo de exposição por suas características fisiológicas e por se alimentarem exclusivamente de leite materno até os seis meses de idade.
Os alimentos que lideram a lista dos agrotóxicos no Brasil são: pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface (54,2%), cenoura (49,6%), abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%) e mamão (30,4%). Portanto, especialmente esses, valem a pena serem adquiridos provenientes do cultivo orgânico.
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