Em uma decisão relâmpago e unânime, a Comissão Executiva Nacional do partido União Brasil expulsou de seus quadros o deputado Chiquinho Brazão que foi preso no domingo (24), pela Polícia Federal, como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes em uma embocada há seis anos.
Chiquinho foi preso em sua casa, em uma operação surpresa da Polícia Federal, que também prendeu seu irmão Domingos Frazão e o ex-delegado chefe geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
Em nota oficial divulgada ontem à noite, o partido relata que mesmo filiado, recentemente o deputado vinha anunciando que iria se desfiliar da legenda, e que não frequentava mais as reuniões partidárias e nem fazia parte ou tinha qualquer cargo de decisão dentro do partido. A expulsão do deputado motivou-se por ele ter desobedecido três pontos do artigo 95 do Estatuto do União Brasil, que segundo a Comissão Executiva Nacional são mais do que suficientes.
Condutas ilícitas – A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda (foto), já havia pedido abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão, preso no domingo (24) e apontado pela Polícia Federal como mandante da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, afirmou o presidente do partido, Antônio Rueda.