Chico Sant’Anna
Natural dos guetos jamaicanos, o rap surgiu como um porta-voz para denunciar a violência das favelas de Kingston e temas mais polêmicos, como sexo e drogas. Na década de 1970, despontou nos EUA e ganhou o mundo. No Brasil encontrou terreno fértil. E não é diferente em Brasília.
Agora, um rapper candango quer trocar o palco pela tribuna. Darlan Democrático quer um espaço na Câmara Legislativa. “A minha raiz é a vivência de rua. Quero fazer uma campanha eleitoral corpo a corpo. Quero ser o representante das ‘quebradas’ da RIDE”, diz ele, que é filiado ao PSol.
Para Darlan, o povo já compreendeu a importância de ter alguém da cultura da ‘perifa’ na CLDF. “Nas minhas músicas, busco expressar as mazelas sociais brasileiras, critico as desigualdades do País, a população vivendo na pobreza, a concentração de renda e a corrupção. A música tem um papel social importante para o jovem, educando-o e conscientizando-o. Ela pode tirar a juventude da criminalidade. Precisamos de mais cultura e menos violência”, diz o artista.