Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram, no último dia 14 de janeiro, um avanço promissor na área de embalagens sustentáveis. O projeto, que busca reduzir os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de polímeros sintéticos, oferece uma alternativa mais ecológica e eficiente.
Utilizando matérias-primas naturais, como linhaça e chia, a equipe desenvolveu um bioplástico biodegradável, com potencial para substituir os plásticos convencionais amplamente utilizados na indústria. A inovação se baseia no uso de compostos presentes nas sementes de linhaça e chia, que possuem propriedades estruturais e de resistência semelhantes às dos plásticos tradicionais.
Segundo os pesquisadores, o novo material pode ser utilizado em diversas aplicações, desde embalagens alimentícias até produtos descartáveis. Além disso, por ser biodegradável, sua decomposição ocorre de forma natural, reduzindo significativamente o acúmulo de resíduos no meio ambiente.
A crescente preocupação com a poluição plástica tem impulsionado estudos sobre materiais alternativos, e o bioplástico desenvolvido pela UFRJ surge como uma resposta inovadora e acessível.
Referência mundial – Atualmente, plásticos convencionais podem levar séculos para se decompor, enquanto os novos biopolímeros podem desaparecer em questão de meses, dependendo das condições ambientais. Essa tecnologia pode impactar positivamente setores como o de alimentos e cosméticos, que buscam soluções mais sustentáveis para suas embalagens.
O projeto ainda está em fase de testes, mas os pesquisadores acreditam que a viabilidade comercial do bioplástico poderá ser alcançada em breve. Com apoio de investimentos e políticas públicas voltadas para a inovação sustentável, o Brasil pode se tornar referência mundial na produção de materiais biodegradáveis, contribuindo diretamente para a preservação do meio ambiente e a redução da dependência de plásticos derivados do petróleo.