Um ano após o governo Lula ter decretado estado de emergência, o povo Yanomami continua sofrendo com desnutrição, falta de água potável, taxas alarmantes de malária, terras contaminadas e dificuldade de assistência à saúde.
Não podemos parar de falar nesse assunto (é o mínimo que podemos fazer daqui) até que ele seja resolvido. Foram anos de exploração daquela gente e daquelas áreas de floresta, mas a força-tarefa não pode parar até que as crianças indígenas possam ter crescimento e desenvolvimento dignos.
Não há acesso a alimentos, e os alimentos que chegam por helicóptero nem sempre são aproveitados. A desnutrição grave precisa ter lugar de atendimento não só em hospitais de alta complexidade, e a organização da assistência indígena precisa mudar para prever essas situações.
A atenção primária à saúde indígena também vai precisar atender casos mais complexos, para tentar manter esses indivíduos nas suas terras, na sua cultura, com seus rituais. Protocolos para tratar a desnutrição precisam existir de modo que atendam às realidades locais.
As equipes de saúde que estão em território Yanomami estão pedindo socorro. Nossos povos originários continuam pedindo socorro e sofrem sério risco de serem extintos por fome e falta de assistência à saúde!
A desnutrição impede que o tratamento da malária seja feito com eficácia. Ao mesmo tempo, é difícil reverter os quadros de desnutrição no povo Yanomami.
Este é um pedido de socorro pelos povos Yanomami.