Fátima Sousa (*)
Neste mês de janeiro, o Distrito Federal tem enfrentado um aumento alarmante nos casos de dengue, uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Este aumento preocupante não apenas representa uma ameaça à saúde pública, mas também exige ações imediatas por parte das autoridades e da comunidade para conter a propagação da doença.
De acordo com os dados mais recentes fornecidos pelas autoridades de saúde, o número de casos de dengue alcançou a soma de 119.134 pessoas atendidas até o dia 20, conforme o site InfoSaúde-DF, da Secretaria de Saúde do DF. E o clima favorável ao mosquito vetor, juntamente com outras condições ambientais propícias à reprodução do Aedes aegypti, tem contribuído para o rápido aumento desses casos.
Vários fatores têm contribuído para o aumento dadengue, desde a urbanização desordenada, o acúmulo de lixo e água parada em recipientes descartados, além da falta de conscientização e medidas preventivas adequadas, que têm proporcionado um ambiente favorável para a proliferação do mosquito vetor. Além disso, o aumento dos casos de dengue não apenas sobrecarrega o sistema de saúde, mas também tem um impacto significativo na qualidade de vida da população afetada com sintomas que podem variar de leves a graves, levando à hospitalização e até mesmo à morte, em casos mais graves, especialmente entre crianças e idosos.
Diante dessa situação, é crucial que as autoridades de saúde intensifiquem as ações de prevenção e controle da dengue. Isso inclui campanhas de conscientização pública, eliminação de focos de reprodução do mosquito, tratamento químico quando necessário e monitoramento rigoroso dos casos suspeitos.
Também é fundamental que a população também adote medidas simples, como eliminar recipientes que possam acumular água parada, utilizar repelentes e telas em portas e janelas, e buscar atendimento médico imediato em caso de sintomas suspeitos de dengue.
Trata-se de um sério alerta para a saúde pública, exigindo uma resposta coordenada e urgente de todas as partes envolvidas. Somente com a colaboração entre autoridades, profissionais de saúde e a comunidade em geral poderemos enfrentar eficazmente esse desafio e proteger a saúde e o bem-estar de todos.
(*) Professora associada do Departamento de Saúde da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB