A União Europeia (UE) aprovou na segunda-feira (10) um processo de negociações para normalizar as relações com Cuba, suspensas há mais de dez anos. O objetivo é encorajar o país latino-americano a manter as reformas no âmbito da economia e dos direitos humanos. Reunidos em Bruxelas, na Bélgica, os ministros de Negócios Estrangeiros do bloco concordaram em iniciar negociações para garantir a conclusão de um acordo de diálogo político e cooperação com a ilha, dirigida pelo presidente Raúl Castro.
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Segundo o acordo, a Europa deverá ampliar os âmbitos de cooperação com a ilha, acompanhar as reformas socioeconômicas e fomentar o respeito aos direitos humanos, em um momento em que o bloco observa um certo movimento de liberalização no plano econômico e moderação no plano político. A UE suspendeu a sua cooperação com a ilha em 2003, após uma onda de repressão à oposição que incluiu a condenação a pesadas penas de prisão de 75 dissidentes, libertados posteriormente.
Desde o início do diálogo entre as duas partes, em junho de 2008, já foram concluídos diversos acordos bilaterais entre Cuba e cerca de 15 Estados-Membros da UE. Atualmente, os países do bloco decidiram conservar uma posição comum, adotada em 1996, que condiciona as relações com Havana a avanços no campo dos direitos humanos. Essa orientação foi uma exigência dos países mais resistentes a mudanças nas relações com Cuba, em particular a Polônia e República Tcheca.