Depois que a Câmara Legislativa aprovou a proibição do Uber no Distrito Federal, lançou-se uma discussão sobre o aplicativo e a resistência das autoridades às novas tecnologias. Para a população embasar sua opinião e conhecer melhor o serviço, o Uber está dando R$ 50 reais em crédito para os novos usuários que se cadastrarem no aplicativo fazerem a primeira viagem. Para ter acesso ao benefício basta inserir o código DIREITODEESCOLHA no momento do cadastro ou na aba “promoções” do menu do app.
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Em Brasília, o aplicativo presta serviço em carros pretos de luxo e com atendimento especial. Segundo o app, todos os veículos têm menos de três anos de uso, banco de couro e ar-condicionado sempre ligado. Não são feitos pagamentos em dinheiro ou com cartão de crédito dentro do veiculo. O valor da corrida é descontado do cartão indicado pelo cliente no momento do cadastro no aplicativo. A tarifa base (similar à bandeirada, nos táxis) é de R$ 4, R$ 0,25 por minuto mais R$ 1,75 por quilômetro. O valor é cerca de 5% mais caro do que os táxis comuns. O programa pode ser baixado gratuitamente em smartphones e tablets.
Veja abaixo a comparação dos custos do Uber e dos taxistas:
A proibição foi um pedido dos taxistas que classificam o Uber como transporte irregular e o acusam de roubar seus clientes. Para a presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis do DF, Maria Santana, os motoristas da Uber praticam transporte pirata e, por isso, não podem atuar sem se submeter ao governo. \”Não cumprem lei, não têm subordinados, não são cadastrados. Eles estão roubando nossos passageiros e não pagam nada, como taxas, por exemplo. É uma concorrência desleal.\”
“Mais uma vez o interesse da população foi posto atrás do interesse político”, protestou a estudante Renatha Amaral. “Eu e minhas amigas não estávamos mais dirigindo nos finais de semana. É muito mais seguro. Os motoristas são confiáveis, o tempo de espera é mínimo e o preço é justo”, completa. A proposta de Delmasso tramitou em tempo recorde e agora depende da sanção do governador Rodrigo Rollemberg.
O taxista Ubiratan Ribeiro está na profissão há seis anos. \”Senti uma diferença nas corridas com o Uber e o transporte pirata, principalmente no aeroporto e em hotéis. A fiscalização fica em cima do taxista e esquece os outros\”. Já o motorista cadastrado no Uber, Cláudio Santoro, lamenta o que chama de “projeto contra a modernização do transporte público”. Ele afirma que muitos motoristas compraram carros para trabalhar com o Uber e terão prejuízo.
Outro problema também é a repulsa e, até mesmo a violência dos taxistas, com os outros profissionais. “Meu carro foi arranhado e os carros de outros colegas também foram danificados. Eles não conseguem atender à demanda. Por isso a população nos procura”, conclui.
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