Ir para o conteúdo
Facebook X-twitter Instagram
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Entorno
  • Pelaí
  • Versão impressa

colaboradores, Justiça, Política

Tutela militar nunca mais!

  • J.B. Pontes
  • 18/05/2023
  • 09:00

Compartilhe:

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A tutela militar sobre a sociedade civil sempre foi um componente presente na história do Brasil. Iniciou-se em 15 de novembro de 1889 com o golpe político-militar que proclamou a República, quando os militares depuseram e expulsaram do País um dos mais honrados e sábios governantes que tivemos – Dom Pedro II.

A partir daí, os militares sempre estiveram convictos de que tinham herdado do Imperador o poder moderador, o qual lhes permitia a tutela sobre a sociedade, a política e as instituições. Esse pensamento, infelizmente, está arraigado na nossa formação social, econômica, cultural e política, em detrimento de uma formação democrática. Jamais se fez o menor esforço para a inclusão do povo na democracia, pelo que ele nunca teve condições para defender as suas liberdades individuais, civis, sociais e políticas.

 Não se trata de uma questão pontual, restrita ao governo Bolsonaro. É algo permanente. A interferência militar na política se apresenta como um dos maiores problemas históricos da república e da democracia brasileira.

Nenhuma democracia sobrevive ao ativismo político dos militares. É importante observar o ensinamento universal e atemporal: chefias de Estado, ou enquadram os que são responsáveis pelo uso dos aparatos de força ou serão por eles enquadrados.

A partir da derrocada da ditadura, quando o povo manifestou seu repúdio ao governo militar, os membros das Forças Armadas perseguiram o objetivo de chegar novamente ao comando do País, via eleições.

Beneficiaram-se e se fortaleceram com a degradação da classe política. Ao que tudo indica, o objetivo parece ser poderem se apresentar como os únicos competentes e incorruptíveis, os “restauradores da ordem”, o que está longe da verdade.

Alcançaram o anseio de chegar novamente ao poder apoiando massivamente Bolsonaro na eleição de 2018. Uma situação incompreensível, vez que Bolsonaro foi expulso do Exército, sempre foi um político medíocre e era, ele e sua família, envolvido com as milícias. E isso os militares sabiam. Ou o sistema de inteligência deles é muito incompetente.

 Bolsonaro montou o governo mais militarizado da nossa história. Nem no período da ditadura tivemos tantos militares, da ativa e da reserva, exercendo cargos no governo federal. Em 2021, o Tribunal de Contas da União registrou 6.175 militares ocupando cargos no governo federal.

E o que de bom fizeram? Contribuíram para que o governo Bolsonaro fosse avaliado como o pior e mais corrupto da história do Brasil. Tanto é verdade que, apesar de todos os recursos financeiros (orçamento secreto), materiais e humanos do Estado colocados nas mãos dos seus apoiadores a serviço de sua reeleição, não conseguiu o seu objetivo. Afinal, Deus demonstrou que é brasileiro, pois o Brasil não resistiria a mais um ciclo de quatro anos com Bolsonaro.

O aumento da corrupção na gestão Bolsonaro foi constatado por várias instituições, como Transparência Internacional, Organized Crime and Corruption Reporting Project e Banco Mundial, que apontaram o desmonte da estrutura legal de combate à corrupção como a principal causa.

Inconformados com a derrota, os militares fomentaram os atos antidemocráticos que culminaram na invasão e vandalismo das sedes dos Três Poderes da República. Queriam, sem dúvida, que o caos resultasse no golpe final contra a democracia.

O presidente Lula, após os atos golpistas de 8 de janeiro, agiu corretamente ao não convocar os militares para contornar a situação, demonstrando que não tinha mais confiança neles; ao designar um civil como interventor da Segurança Pública do Distrito Federal; ao declarar que as Forças Armadas não são um poder moderador; e ao trocar o comandante do Exército.

Mas isso são ações pontuais, que seguramente não vão dissuadir os militares a abandonar o pensamento de que são um poder moderador e que têm a missão, quase divina, de tutelar a sociedade civil.

Será preciso muito mais: estratégia bem definida, metas traçadas, paciência e, sobretudo, perseverança cotidiana. A oportunidade que se apresenta é muito favorável para se iniciar a mudança nas Forças Armadas, de forma a afastar em definitivo da vida nacional o perigo de golpes militares.

O desgaste dos militares pelo envolvimento ou omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro e no mar de lama que está sendo desnudado pelas recentes investigações enseja essa ação. Para isso, o governo Lula deverá apoiar-se na força dos movimentos sociais e de todos os setores democráticos e progressistas da sociedade, convocando uma conferência nacional para oferecer sugestões e diretrizes para a Defesa Nacional, com a participação de lideranças políticas, cientistas, empresários, diplomatas, jornalistas, procuradores, representantes dos povos originários e líderes comunitários.

É hora de o governo ter coragem de agir para afastar de vez qualquer pensamento sobre tutela militar no Brasil e passarmos a concretizar a nossa democracia.

Compartilhe essa notícia:

Picture of J.B. Pontes

J.B. Pontes

Colunas

Orlando Pontes

“A revolução virá da periferia, da cultura, da música”

Caroline Romeiro

OMS revê papel dos medicamentos no tratamento da obesidade

José Matos

A escada da vida

Júlio Miragaya

5 de dezembro de 1941: a virada na 2ª Guerra Mundial

Tesandro Vilela

IA generativa muda hábitos digitais na América Latina

Júlio Pontes

Cappelli lidera engajamento entre os pré-candidatos ao GDF

Últimas Notícias

Republicanos, o fiel da balança no DF

7 de dezembro de 2025

Léo Santana será atração do Viva Piri 2026

7 de dezembro de 2025

120 vagas para concurso para Guarda Municipal em Valparaíso

7 de dezembro de 2025

OMS revê papel dos medicamentos no tratamento da obesidade

6 de dezembro de 2025

Newsletter

Siga-nos

Facebook X-twitter Instagram

Sobre

  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente
  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão impressa
  • Expediente

Blogs

  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade
  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade

Colunas

  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
Facebook X-twitter Instagram
  • Política de Privacidade
  • Termos de Uso

© Copyright 2011-2025 Brasília Capital Produtora e Editora de Jornais e Revistas LTDA.