A chapa Dilma-Temer foi absolvida no Tribunal Superior Eleitoral por 4 votos a 3 depois de quatro dias de julgamento. A disputa estava empatada até o voto de minerva do presidente da Corte Gilmar Mendes. Sendo assim, o presidente Michel Temer (PMDB) permanece no poder e Dilma Rousseff (PT) mantém seus direitos políticos intactos.
Entre farpas e elogios, os sete ministros do TSE concretizaram o placar previsto por aliados de Temer antes mesmo inicio do julgamento. Além do presidente do TSE, votaram pelo arquivamento da ação Napoleão Nunes, Tarcisio Vieira Neto e Admar Gonzaga – os dois últimos indicados por Temer para integrar a Corte.
Foram votos vencidos o relator, Herman Benjamin, e os ministros Luiz Fux e Rosa Weber – que também integram o Supremo Tribunal Federal (STF).
Benjamin
Em atuação considerada magistral até pelos ministros contrários à sua posição, o relator Herman Benjamin foi o grande protagonista do julgamento. Antevendo que haveria divergência quanto ao uso de delações premiadas da Odebrecht no TSE, Benjamin fundamentou sua argumentação em outros depoimentos da Operação Lava Jato, e repetiu inúmeras vezes: “Há provas suficientes” do recebimento de valores ilícitos na campanha.
Herman colocou em xeque até a composição do TSE e encampou o discurso de milhares de brasileiros contra a corrupção e a favor da Lava Jato. “Não é possível que tenhamos julgadores que foram advogados das partes, dos partidos”, afirmou, alfinetando Admar Gonzaga, que advogou para a chapa Dilma-Temer em 2010.
Futuro incerto
Apesar de ter vencido a batalha, Temer ainda não ganhou a guerra. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prepara denúncia contra o presidente. Ele se baseará na delação da JBS e nas ações do ex-assessor do Planalto e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PSDB-PR), preso desde quarta-feira (7) no presídio da Papuda, em Brasília.
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