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Professores são agredidos pela Polícia e servidores da saúde voltam ao trabalho. Governo continua afirmando que não tem dinheiro para cumprir os acordos
Balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Assim os professores do Distrito Federal são tratados pelo governo, por meio da Polícia Militar e seu Batalhão de Operações Especiais (Bope). Foi com esta truculência que terminou a manifestação dos profissionais da educação na quarta-feira (29) quando cerca de 300 servidores fecharam o Eixão Sul. “Tais atitudes do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) revelam o que a categoria vai enfrentar daqui por diante. A perspectiva é de muita luta e de enfrentamento”, afirmou, em nota, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Os professores lutam contra o não cumprimento do acordo salarial assinado em 2014.
Em solidariedade aos educadores, os rodoviários também pararam as atividades na tarde de quarta-feira (29). Na quinta-feira (29) o governador Rodrigo Rollemberg foi vaiado durante a entrega de casas populares no Paranoá, onde estava presente com a presidente Dilma Rousseff. Enquanto o governador estava na parte norte da cidade, na residência oficial de Águas Claras os professores voltaram a protestar, mas desta vez sem entrar em confronto com a polícia.
Se por um lado a revolta dos professores fortaleceu o movimento grevista, na quinta-feira (29) os servidores da saúde decidiu voltar ao trabalho. Diante do não avanço nas negociações e do corte de ponto anunciado pelo Governo de Brasília, o Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Serviço de Sáude (SindSaúde) decidiu retornar às atividades. Ficou acordado, no entanto, que, caso não haja diálogo com o governo, a greve será retomada em março de 2016.
A greve na saúde foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O sindicato estava pagando R$ 300 mil por dia de paralisação, ao final do movimento a dívida chegou a R$ 3,6. Os Sindicatos dos Médicos (SindMédico), por sua vez, decidiu manter a greve em assembleia realizada na quarta-feira.
O decreto que determinou o corte de ponto dos servidores de todas as categorias em greves consideradas ilegais pela justiça foi publicado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) na quinta-feira (29). A medida autoriza os secretários de estado a aplicar também outras sanções, como o corte dos dias não trabalhados e desconto em folha.
Além dos professores, seguem parados os servidores do Departamento de Trânsito (Detran). Na esfera federal, os bancários aceitaram o acordo e voltaram ao trabalho na segunda-feira (26) e os servidores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) continuam em greve.
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“Melô do Calote” contagia as assembleias
Nos grupos do Whatsapp e nas redes sociais dos movimentos em greve no Distrito Federal não faltam maneiras de reclamar do governo. Mas, a técnica em enfermagem Dayane Reys foi, sem dúvida, a mais criativa até agora. Em ritmo sernejo, a servidora compôs a música-tema do que os grevistas chamam de “calote do GDF”. O refrão, que está sendo entoado em assembleias e piquetes, aconselha “anota aí, anota aí” Se o servidor está na rua, GDF a culpa é sua”. Em algumas reuniões de sindicato, chegou-se a trocar a palavra ‘GDF’ por ‘Rollemberg’, mas mantendo a batida de Dayane.
Servidora compõe música contra o GDF
Greve dos professores é ilegal
Em breve, greve