Até abril, prazo para que candidatos se afastem de cargos públicos, haverá um intenso troca-troca de ministros. Em menos de um mês, houve três substituições, e pelo menos mais 13 deixarão a Esplanada nos próximos 50 dias. Em dois meses, o presidente Michel Temer trocou os titulares dos ministérios do Trabalho – Ronaldo Nogueira (PTB-RS) cedeu lugar a Cristiane Brasil (PTB-RJ); das Cidades – Bruno Araújo (PSDB-PE) foi substituído por Alexandre Baldy (sem partido-GO); e da Secretaria de Governo – Antônio Imbassahy (PSDB-BA) deu lugar a Carlos Marun (MDB-MS).
\”O cargo sempre é do presidente, mas pretendo ficar até o fim do prazo legal\”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), candidato à reeleição no Senado. Já anunciaram saída até abril, Ricardo Barros (PP-PR), Saúde; Osmar Terra (MDB-RS), Desenvolvimento Social; e Sarney Filho (PV-MA), Meio Ambiente.
Farão companhia a eles Leonardo Picciani (MDB-RJ), Esporte; Marx Beltrão (MDB-AL), Turismo; Maurício Quintella Lessa (PR-AL), Transportes; Fernando Coelho Filho (sem partido-PE), Minas e Energia; Aloysio Nunes (PSDB-SP), Relações Exteriores; e Mendonça Filho (DEM-PE), da Educação.
Ricardo Barros reafirmou na quinta-feira (4) que será candidato a deputado federal no Paraná. \”Fico no cargo o tempo que o presidente determinar. Mas a data limite é dia 7 (de abril), o prazo que a lei impõe\”, O Planalto descarta promover uma reforma de uma só vez, como chegou a ser cogitado no fim de 2017.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) afirmam agora que a reforma será paulatina. A Presidência quer deixar os ministérios nas mãos dos mesmos partidos para evitar problemas em votações importantes, como a da Previdência Social.
Um dos presidenciáveis que podem ter apoio do Planalto, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD) repetiu quinta-feira que avaliará uma candidatura apenas em abril.