Um trem do metrô do Distrito Federal apresentou falha no sistema de freio de emergência e foi retirado de circulação pela manhã desta quarta-feira (31). O problema ocorreu na estação Centro Metropolitano, em Ceilândia, por volta das 7h. De acordo com a administração da companhia, às 7h10 o trem já tinha sido substituído por outro.
Por causa da falha, a composição – uma das 24 em circulação no horário de pico – passará por manutenção corretiva. O Metrô não estimou o número de passageiros afetados, mas disse que a situação não provocou atrasos no sistema. Ainda segundo a companhia, o trem foi recolhido para evitar qualquer risco à segurança do passageiro.
O Metrô circula nas regiões mais populosas do DF – Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Ele também passa por Águas Claras, Guará e Plano Piloto. O sistema tem 42,3 quilômetros de extensão. O sistema atende 160 mil passageiros por dia.
Superfaturamento
Áudios divulgados nesta terça (30), mostram que o presidente do Metrô, Marcelo Dourado, diz ter conhecimento de que existem contratos superfaturados na empresa. A gravação foi feita em março do ano passado, em uma reunião com um grupo de servidores recém-aprovados em concurso, mas que não tinham ainda sido convocados.
Durante o encontro, Dourado diz que tem interesse em chamar concursados e acabar com contratos terceirizados, porque são superfaturados. \”Não tem nem dúvida, cara, ‘tamo junto’. Não tem nem dúvida, cara. O que eu quero, o que eu quero é que o servidor concursado tenha aqui dentro do metrô. Quanto menos terceirizado tiver, melhor. Rapaz, os contratos estão ‘tudo’ superfaturados.”
Marcelo Dourado assumiu a presidência do Metrô em janeiro de 2015, dois meses antes da gravação. Segundo ele, os contratos a que ele se referia são um de manutenção e um de vigilância – ambos firmados durante a gestão anterior. Ele alega que assim que chegou à presidência, pediu uma auditoria das contas e percebeu o superfaturamento.
De acordo com o presidente, desde aquela época tem tentado substituir as empresas responsáveis pelos dois contratos, sem conseguir por causa da “burocracia”. A empresa de vigilância foi trocada por outra em abril deste ano, e a de manutenção, em agosto. A mudança traz economia de R$ 70 milhões por ano, calculou.
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