A pessoa que sofre algum abuso na infância e fica relembrando, ruminando, acabará sofrendo de vitimismo, coitadismo, sentindo prazer que sintam dó dela. Deveria tentar superar isso sozinha ou com ajuda de terapeutas! Não obstante, não basta superar o trauma; é preciso dar uma destinação positiva à vida, perguntando-se: O que a vida quer que eu aprenda e realize?
Todo trauma pode e deve ser superado. Às vezes, se superado, torna-se material de trabalho, missão! Louise Hay, americana, humilhada e abusada na infância, superou o trauma escrevendo o livro “Você pode curar sua vida”. Hoje, Hay é terapeuta e ajuda pessoas traumatizadas.
Desde que a pessoa não o tenha procurado ou o provocado, todo trauma tem uma razão de ser. Pode ser carma (efeito de ações passadas), dharma (dever) ou carma e depois dharma.
Carma é o resultado de suas ações, nesta vida ou em vidas passadas. Se positivo, é crédito a seu favor. Se negativo, você sofrerá o que fez aos outros. Jesus disse a Pedro: “embainha a tua espada porque quem pela espada fere por ela será ferido”.
Contudo, não basta sofrer pelo mal feito; é preciso anulá-lo, agindo contrariamente às ações praticadas. O cirurgião que, no passado, usou lâminas para tirar vidas, hoje, como cirurgião, usa o bisturi para salvá-las.
Todo mal que você faz, fica no dever de reparar – dharma! Reparando, você entra na paz, porque sua consciência para de cobrar. “Os teus pecados te são perdoados porque você muito amou”, disse Jesus a Madalena. Isto é dharma, reparação.
Se você não pode reparar a quem prejudicou, faça-o a qualquer um porque, a rigor, devemos à vida, e não a alguém em particular. “Vigiai e orai para não entrardes em tentação”. Entrar é fácil; sair pode durar séculos!
“Não permita que a pequenez do mundo te cause miopia na alma, tirando sua capacidade de ver a beleza que há nas entrelinhas da vida. Vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas, aprendendo a jogar”.