Hermínio Miranda, pesquisador de vidas passadas, relata no excelente livro \”Nossos Filhos são Espíritos\”, entre outros, o caso de Flavinho, criança que entrava em pânico com barulho de fogos e festas. Vejamos o relato: \”Flavinho se agitava bastante durante o sono e parecia ter pesadelos. Notou-se também que manifestava verdadeiro horror por cenas de violência. Até uma simples discussão veemente o deixava em pânico, muito pálido e em pranto.
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Certa vez, após estampidos de fogos, ficou aterrorizado, rígido e pálido. Depois de acalmado pelo pai, explicou:
– Neném tava sentado – irmão entrou e pum!, pum!, pum!
O relato foi acompanhado do gesto característico: o dedinho apontado como arma de fogo.
– Mamãe – perguntava ele -, guarda tem revólver? Revólver mata. Guarda mata neném?
Era preciso assegurar-lhe que o policial não estava ali para matar neném. Sem saber como cuidar daquela psicose que também a deixava em sobressalto e aflição, a mãe comentou a situação com uma amiga, que lhe deu um conselho: provavelmente o garoto havia sido assassinado a tiros. Em vez de reprimi-lo ou repreendê-lo, o melhor seria uma conversa adulta e franca.
– Flavinho, a gente vive muitas vezes. Nasce, cresce, fica velho, morre e depois nasce outra vez. Alguém já matou você com arma de fogo mas, isso foi noutra vida. Você nasceu outra vez e agora tem esta vida. E, nesta vida, ninguém vai lhe matar com uma arma. Não precisa ter medo.
– Então já morri, Didi?
– Já, sim, amor, já.
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– Alguém me matou e eu nasci outra vez?
– Exatamente, mas agora você tem papai, mamãe e eu. E nós não vamos deixar ninguém matar você.
“Isso parece tê-lo tranquilizado, a ponto de, com o tempo, até tocar em arma de brinquedo, embora jamais a quisesse para si mesmo\”.