O Governo do Distrito Federal (GDF) concluiu a recuperação das vigas de sustentação da Rodoviária do Plano Piloto 14 dias antes do prazo estipulado no cronograma de obras do contrato emergencial. Nesta sexta-feira (4), às 8h, as vias e estacionamentos da plataforma superior (sentido norte-sul) foram completamente liberados. A área foi interditada em julho em função de um risco iminente de desabamento da estrutura. Agora, essa possibilidade está afastada.
“A parte que corria risco nas vigas internas da estrutura foram reparadas e reforçadas, e não há mais risco”, avisa o diretor de Edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Francisco Ramos. Pela manhã, ele e o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, comandarão a liberação.
O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) começou a instalar sinalização na noite de quarta-feira (2/10). Viaturas e agentes do órgão serão posicionados próximo ao trecho de interdição para dar suporte e orientação aos motoristas que passarem pelo local.
Do lado oposto, sentido sul-norte, apenas uma faixa ficará fechada para dar continuidade às obras do terminal. Ali, o fluxo permanecerá como está, com duas faixas de rolamento livres para os veículos. A previsão é que o reforço e a demolição sejam concluídos na próxima semana.
A conclusão da cobertura das lajes será em novembro, nos termos do contrato de revitalização da Novacap. No pacote de revitalização do espaço público estão a recuperação das partes elétrica, hidráulica e de gás, além da restauração do sistema de combate e prevenção a incêndios.
As empreiteiras trabalham ainda em obras pontuais de recuperação de mármores, granito, forros, esquadrias e no reforço da iluminação. No total, o Governo do Distrito Federal investe mais de R$ 36 milhões nas obras.
Entenda
Após vistorias da Novacap terem detectado dilatação nas fissuras da estrutura que dá sustentação ao piso superior da Rodoviária do Plano Piloto, o governador Ibaneis Rocha determinou imediatamente que o trânsito no local fosse interrompido. Com a medida de segurança, o tráfego de veículos pesados ficou suspenso, enquanto a passagem de carros e motocicletas foi proibida apenas em certos pontos.
Desde julho, quando o GDF iniciou os reparos, foram feitos escoramentos, tratamento das fissuras e demolição da laje oeste, além da colagem da manta de fibra de carbono – moderna, resistente e econômica comparada ao aço. O material aumenta em dez vezes a firmeza da estrutura, que é impactada diretamente pela passagem de veículos na parte superior do terminal.