O alambrado que separa as duas pistas da Avenida Central de Taguatinga e o piso da calçada de pedra portuguesa estão sendo revitalizados. O trabalho, iniciado há duas semanas, é feito com mão de obra gratuita de presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). A previsão é de que seja concluído até o final deste mês, quando a obra que começou no viaduto na entrada da cidade chegar nas proximidades do viaduto que liga a Avenida Samdu Norte à Samdu Sul.
De acordo com a administradora de Taguatinga, Karolyne Guimarães, a ideia inicial era fazer um jardim e um paisagismo para embelezar o centro da cidade e melhorar a acessibilidade. No entanto, como o GDF pretende iniciar ainda neste ano a obra do túnel que ligará a Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) à Avenida Elmo Serejo, a opção pela revitalização foi considerada mais viável e mais barata. Mas ainda não há uma data para começar a obra do túnel, que será feita a céu aberto e exigirá uma intervenção no trânsito.
O trabalho dos dez operários presos é feito sob a escolta de três agentes penitenciários da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesip), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). Os presos já estão no final do cumprimento de suas penas e a cada três dias trabalhados obtêm a remição de um dia de prisão. Todos eles já atingiram o regime semiaberto com direito a fazer trabalhos externos e saída temporária. O benefício é concedido pela Vara de Execuções Penais (VEP), que não autoriza os presos a concederem entrevista a veículos de comunicação.
O projeto De Mãos Dadas é uma iniciativa da Secretaria de Governo do GDF, que tem à frente o secretário José Humberto Pires, juntamente com o secretário de Cidades, Gustavo Aires, sob a coordenação de William Monteiro, da Sesip. “Temos também uma parceria com a Fundação de Amparo ao Preso (Funap). Mas estes recebem salários pagos pela Administração Regional”, explica Karolyne Guimarães.