Depois de ser dispensado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) de depor na CPI dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa, na quinta-feira (16), o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, prestou depoimento no Tribunal Superior Eleitoral em ação na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado por ataque às urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado.
O ex-ministro negou saber quem era o autor da “minuta do golpe” apreendida na sua casa em busca realizada pela Polícia Federal nas investigações sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. No depoimento, por videoconferência, Torres repetiu a fala registrada no depoimento à PF de que se trata de um “texto folclórico, descartável e sem viabilidade jurídica”.
Quem conduziu os questionamentos a Torres foi o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, em uma ação apresentada pelo PDT e que pede a inelegibilidade de Bolsonaro. Torres segue preso no Batalhão de Aviação Operacional, da PMDF, sob suspeita de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro.