O Instituto de Pesquisas Clínicas L-2 IP, de Brasília, conclui no dia 19 deste mês a terceira e última fase de testes da vacina da Janssen – braço farmacêutico da Johnson & Johnson – a ser produzida no Brasil pela Fundação Osvaldo Cruz, do Rio de Janeiro. Naquela data, as avaliações serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de quem dependerá a liberação para produção do imunizante em larga escala no País.
Antes da fase agora em conclusão, a vacina passou por duas etapas de estudo e foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Em Brasília, foram aplicadas 800 doses em quatro grupos de pacientes, começando pela aplicação em pessoas jovens e saudáveis. Em todo o País foram testados 7 mil voluntários desde 1º de outubro.
“Tudo transcorreu dentro das nossas expectativas e do cronograma estabelecido inicialmente. A partir da conclusão desta terceira fase de testes, será uma questão de superar as barreiras burocráticas para a vacina começar a ser produzida em larga e escala e ser colocada à disposição da população”, diz o doutor Eduardo Freire Vasconcelos, do L-2 IP – Instituto de Pesquisa Clínicas, coordenador do estudo no DF.
Em todo o mundo, o imunizante da Janssen, que usa a técnica do vetor viral recombinante, foi testado em 60 mil indivíduos. Além do Brasil, o estudo é feito em outros oito países (EUA, Canadá, México, Colômbia, Argentina, Chile, África do Sul, Bélgica e Filipinas).
No Brasil, além do DF a vacina também foi testada em voluntários de Santa Maria e Porto Alegre (RS); Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Campinas, São José dos Campos e São Paulo (SP); Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Natal (RN) e Cuiabá (MS)..
No DF, a equipe do L-2 IP – Instituto de Pesquisas Clínicas que acompanha os testes da terceira etapa da vacina da Janssen é formada por 23 profissionais, sendo 7 médicos, 5 coordenadores, 4 enfermeiros 2 farmacêuticos, 1 biomédica e 4 pessoas de apoio.