O ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, segundo uma fonte que acompanha o caso de perto. Para obter o benefício, Machado grampeou três caciques do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente da República José Sarney (AP), e o senador Romero Jucá (RR). Em razão do grampo, Jucá teve que deixar o Ministério do Planejamento somente onze dias depois de ter assumido o cargo na gestão Michel Temer.
Machado decidiu tentar um acordo de delação quando soube, no início deste ano, que ele também fora delatado por um executivo de empreiteira.
O executivo revelou ao Ministério Público Federal a existência de uma conta usada para repassar propina a Machado. Diante do que poderia ser uma prova suficiente para levá-lo à prisão, Machado se apressou em buscar provas e a gravar conversas com aliados para negociar uma delação com o grupo do procurador-geral, Rodrigo Janot.
O ex-presidente da Transpetro já foi ouvido por um dos auxiliares de Teori e, em resposta às perguntas do juiz, confirmou que fez a delação por livre e espontânea vontade.
A advogada Fernanda Tórtima, responsável pela defesa do ex-presidente da Transpetro, disse que não falaria sobre o assunto.
Recriação do MinC é publicada em edição extra do Diário Oficial
Governo publica exoneração de Romero Jucá no ‘Diário Oficial’
PF cumpre mandados no Rio e em São Paulo, na 30º fase da Lava-Jato