A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu a igualdade de direitos e oportunidades para o povo negro, bem como seu acesso à educação, saúde, emprego e salário justo. A declaração foi dada em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite deste domingo (19), em referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado hoje.
Ela lembrou em seu pronunciamento da diversidade cultural do país e da contribuição histórica dos negros para essa diversidade. Mas, reforçou que “essas diferenças não podem significar desigualdade de oportunidades e direitos”. Afirmou que dados comprovam que os negros são mais atingidos pela fome, pela insegurança alimentar e pela violência “como resultante do racismo que persiste em nossa sociedade”.
“Temos o mesmo direito de viver com dignidade, de ter acesso à educação da creche. Saúde, emprego, salário justo, segurança, moradia digna e alimentação de qualidade. Temos todas e todos o direito de sonhar, de realizar nossos sonhos”, acrescentou.
Anielle lembrou da luta do povo brasileiro e dos movimentos populares na conquista dos direitos sociais. Citou ações do governo Lula, neste e nos mandatos anteriores, para reduzir a desigualdade, como a criação da política de cotas nas universidades e em cargos e funções comissionadas no serviço público, além da lei que equipara injúria racial ao crime de racismo.
“Continuaremos a trabalhar em nosso compromisso por memória e reparação por uma vida digna para o povo brasileiro e pelo desenvolvimento do nosso país. Seguimos juntas e juntos, construindo um Brasil pela igualdade racial. Um Brasil mais justo e mais feliz”.
A data de 20 de novembro marca o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, pelas mãos de tropas portuguesas. Zumbi dos Palmares comandou a resistência de milhares de negros contra a escravidão, no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas.