Com o questionamento do título deste artigo, os moradores de Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro, receberam o Primeiro Encontro Regional de Agroecologia, que ocorreu de 27 a 29 de abril. O encontro foi realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em parceria com a Fiocruz e a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, além da Articulação de Agroecologia da Região Serramar, da Prefeitura de Casimiro de Abreu e de diversas outras instituições e movimentos sociais.
O evento teve como objetivo a reflexão sobre o modelo baseado no agronegócio e suas implicações para a saúde humana e o meio ambiente. O encontro mostrou, por meio de diversas experiências regionais da agricultura familiar, que é possível produzir alimentos “limpos”, sem resíduos de agrotóxicos, cultivados no campo e na cidade, garantindo soberania alimentar aos consumidores.
Cada vez mais a população tem se preocupado, com toda a razão, com a qualidade dos alimentos que leva à mesa. O número de evidências tem crescido, mostrando que o consumo aumentado de agrotóxicos gera malefícios irreparáveis à saúde. Apoiar a produção agrícola local, de orgânicos e preferir os alimentos regionais da estação reduz os riscos associados ao consumo excessivo de agrotóxicos na alimentação.O interessante é pensar do porque o governo federal tem liberado tantos agrotóxicos para uso na lavoura brasileira. Vale a reflexão…