Por decisão unânime, a deputada distrital Telma Rufino foi oficialmente expulsa do PPL. O Diretório Nacional da sigla se reuniu ontem, em São Paulo, para julgar a permanência da parlamentar na sigla. Ao todo, 125 membros do partido participaram do encontro.
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Telma Rufino é alvo de investigação da Polícia Civil do DF na Operação Trick. O ex-presidente regional do partido e ex-diretor do DFTrans, Marco Antônio Campanella também é citado no inquérito policial. Em resumo, a operação Trick investiga um suposto esquema criminoso para a captação de recursos públicos para campanhas eleitorais em 2014. Em uma das frentes, o grupo teria fraudado empréstimos do Banco do Brasil para captar dinheiro público.
Telma teria o direito a apresentar uma defesa por 30 minutos. Mas, segundo o secretário nacional do partido na Região Centro-Oeste, Roberto Bittencourt, a deputada não compareceu a reunião e nem enviou advogados. Diante do silêncio da parlamentar e as informações do inquérito da operação policial, todos os participantes votaram pela expulsão da distrital.
“Para nós, ficou claro que a deputada se associou a uma organização criminosa. A nossa convicção foi crescendo a cada dia. A advogada nunca respondeu se Telma se associou ou não. Esse era o ponto central. E ela sempre tentou desviar a atenção e postergar a discussão”, comentou Bittencourt.
Segundo o secretário nacional, a gota d’água foi nesta semana, quando a defesa tentou anular a reunião do Diretório na 24ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do DF. A parlamentar alegou que estaria sendo perseguida dentro da legenda e que o processo de expulsão não corria regularmente. “O juiz negou o pedido e mandou que discutíssemos o conteúdo da questão, no mérito”, afirmou Bittencourt.
Mandato
Mesmo com a expulsão do partido, Telma continua como distrital. A sigla, agora, tem 30 dias para requerer o mandato na Justiça Eleitoral. A deputada pode recorrer e permanecer na Câmara Legislativa, neste tempo, Mas, caso perca, Jaqueline Silva assume a cadeira de Telma.
Processos
1- A Câmara Legislativa arquivou os pedidos de cassação do mandato de Telma Rufino, por quebra de decoro.
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2 – Além da investigação por suposto envolvimento em fraudes para financiamento de campanha, Telma apareceria, em gravações telefônicas, favorecendo um grupo empresarial para a obtenção de terrenos.
3- Há também indícios de que ela tenha adquiridos diplomas falsos de graduação e pós-graduação. Tramita ainda na 15ª Vara Federal uma ação de improbidade de 2011.
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