Há seis décadas, brasileiros de todos os rincões iniciaram uma grande marcha em direção do Planalto Central. O projeto Brasília era a utopia de um novo Brasil, de uma sociedade na qual prevalecessem os sentimentos de igualdade e de harmonia. Brasília representava muito mais do que a expressão de uma pós-modernidade urbanística e arquitetônica.
Alguns críticos dizem que era um projeto socialista. E se fosse? Brasília trouxe em si uma atitude de autoafirmação dos brasileiros, um projeto de nação, o abandono do complexo de vira-lata, tão bem colocado por Nelson Rodrigues.
Compreender Brasília vai muito além do que entender seus endereços de siglas e sem nomes de ruas. Envolve mergulhar nas esperanças de cada candango. Alguns interesseiros encheram a burra de dinheiro e foram para outras paragens, mas a imensa maioria aqui fincou raízes e constituiu uma sociedade peculiar.
Educação – A vitória desse projeto pode ser mensurada no nível educacional dos brasilienses. O DF é a unidade da Federação com maior escolaridade do País. Dois em cada dez brasilienses têm Ensino Superior completo. A taxa média de anos de estudos equivale ao Ensino Médio completo e o percentual de analfabetismo tem padrões de Santa Catarina. Tudo isso se reflete em emprego, renda, em qualidade de vida.
A cidade não trouxe benefícios apenas para os que aqui vieram morar. Irradiou desenvolvimento, emprego, economia, saúde e educação a milhões de brasileiros desses sertões. O IBGE atesta que, hoje, consumidores de 99 cidades de Goiás, Minas Gerais, Piauí e Bahia buscam no DF os artigos de consumo de que necessitam, além de tratamentos de saúde. Sem contar os milhares que vêm estudar na capital federal, especialmente, na incompreendida UnB.
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