Querido (a) leitor (a): quem
nunca, ao longo de uma conversa, travou em razão da formação de plural de um
substantivo composto? Para dificultar mais ainda, às vezes, a possibilidade de
plural parece, aos ouvidos, esdrúxula. Faça um exercício em sua mente: pense no
plural de ar-condicionado. Eu tenho certeza de que o resultado produzido em sua
cabeça é bastante estranho – e é por isso que temos tantas dúvidas! Vamos
acabar com elas?
Se o substantivo composto
for formado por duas palavras variáveis (substantivos, adjetivos, numerais),
ambas vão ao plural.
Ex.:
couve-flor/couves-flores; sexta-feira/sextas-feiras;
amor-perfeito/amores-perfeitos; ar-condicionado/ares-condicionados.
Antes de continuar,
preciso fazer uma consideração em relação às palavras acima. Note que:
– A primeira palavra
possui um significado;
– A segunda palavra
possui outro significado;
– As duas juntas formam
um terceiro significado, bem diferente dos dois primeiros.
Serei ainda mais claro e
popular: couve é uma coisa; flor é outra coisa. Couve-flor é algo totalmente
diferente de couve e de flor.
Isso não acontece, por
exemplo, com palavras como taxa-extra,
banana-maçã e erva-mate. Em
outras palavras, uma taxa-extra não deixa de ser uma taxa; uma banana-maçã não
deixa de ser uma banana; uma erva-mate não deixa de ser uma erva. Isso
significa que a segunda palavra apenas delimita o significado da primeira.
Nesses casos, há duas possibilidades de plural: os dois podem ir ao plural ou
apenas o primeiro!
Ex.:
taxa-extra/taxas-extras/taxas-extra; banana-maçã/bananas-maçãs/bananas-maçã;
erva-mate/ervas-mates/ervas-mate.
Viu
como não é difícil? A análise é simples, basta ter um pouco de atenção.
Todavia, ainda não acabamos! Na semana que vem, falaremos um pouco mais acerca
desse assunto! Não perca!