Dezenas de moradores se uniram a professores, pais e alunos da Escola Classe 15 de Taguatinga para uma manifestação, quinta-feira (28), contra a construção de um posto de gasolina da Rede Braga na QND 46.No mesmo dia da mobilização, tratores e máquinas pesadas começaram a escavação para instalação dos tanques de combustível.
A comunidade reclama de não ter sido consultada sobre os malefícios que um comércio como esse podem causar à população.“As crianças vão precisar passar por dentro do posto para chegar e sair da escola. Nossa preocupação é o risco de atropelamento de alunos”, afirma o diretor da EC 15, Edson José Alves Barbosa.
Para a professora Virgínia Karlla “carretas descarregando, todos os dias, mais de 30 mil litros de combustível é algo muito perigoso.” Ela ainda alerta para o odor dos produtos que irá para dentro da escola. “Vai causar mal-estar nos alunos e servidores”.
Já para o coordenador do grupo Defensores de Taguatinga, José Luís Ravenna, a preocupação é o aumento do fluxo de carros e o impacto ambiental. “É um risco para moradores e comerciantes locais”, alerta.
Morador das proximidades há mais de 50 anos, Eurípedes Pio, revoltado, diz que “essa construção não vai acontecer”, e que, se for necessário, ele está disposto a lutar de todas as formas para impedir o funcionamento do posto.