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Gustavo Goes
Se os buracos estão tomando conta das principais avenidas de Taguatinga, como a Comercial e a Samdu, nas quadras internas a situação é ainda pior. Nos arredores da Praça do Bicalho (QNDs 15, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 26, o cenário é de abandono. A impressão é a mesma nas QNEs 9, 11, 13, 18, 20 e 22.
Os moradores reclamam da falta de manutenção e, ao contrário do que diz a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), não é um problema apenas da época de chuva. “Taguatinga não tem gestão. Quando chove as ruas alagam e entra água no meu estabelecimento. O asfalto é um conjunto de remendos. Os buracos surgem pequeninos, daqui a pouco formam uma família. Aí vem o governo, com a operação tapa-buracos. Mas não dura para que o problema volte a aparecer”, disse Ulisses Pinheiro, comerciante e morador.
A falta de manutenção nas vias da cidade fez com que fenômenos pouco vistos acontecessem: buracos dentro de buracos. “Aqui, os buracos parecem ter vida própria. Dois buracos da minha rua se juntaram e viravam uma cratera”, disse a moradora Janete Santos. “A manutenção tem que ser feita pelos próprios moradores, que catam restos de construção para diminuir o impacto dos buracos sobre os veículos. Mas isso é só um paliativo”, completou.
Tratada como uma política emergencial, as operações tapa-buracos também são de responsabilidade das administrações regionais, que recebem massa asfáltica da Novacap. Porém, entre todos os 15 entrevistados pelo Brasília Capital, as opiniões divergem entre os que acham que os serviços urbanos são mal feitos e os que acham que não são feitos. “É um absurdo pagar o IPVA e gastar R$ 600 com a suspensão de carro”, disse a comerciante Vanessa Peres.
Além dos prejuízos e danos aos veículos que passam nas ruas, o risco de acidente também é agravado com os buracos. A pista que liga a Comercial Sul à Samdu é um dos pontos de maior reclamação em Taguatinga Norte, já que o tamanho dos buracos obriga os motoristas a pegar a contramão para escapar das crateras.
A Novacap informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que “a recuperação de vias é feita constantemente durante o ano e, atualmente, são 29 equipes realizando o serviço”. Segundo a companhia, as obras do Programa Asfalto Novo estão suspensas desde o ano passado, por falta de disponibilidade financeira, mas elas serão retomadas assim que os recursos orçamentários forem restabelecidos.
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