Marcada para maio de 2022, a eleição para a presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) já movimenta os bastidores da entidade. Intramuros, é grande a movimentação pelo lugar hoje ocupado por José Aparecido da Costa (foto).
O próprio atual presidente já articula para permanecer no cargo, onde está desde março, quando substituiu Francisco Maia, vítima de covid-19. No entanto, cinco meses após preencher a vacância, algumas alas internas da Fecomércio ainda não digeriram a ascensão de Aparecido.
Os questionamentos começam na Confederação Nacional do Comércio, que chegou a emitir um parecer jurídico pedindo a impugnação dele devido a pendências judiciais, o que fere o regimento. Em 19 de agosto, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho destacava os princípios da moralidade e legalidade, que Aparecido havia infringido, e o afastava do cargo.
Disputa judicial
A decisão foi assinada pela juíza Elysângela de Souza Castro Dickel, do TRT da 10ª Região. O mérito do processo corre em segredo de Justiça. Mas, ainda em agosto, o juiz Denilson Bandeira Coelho, do mesmo tribunal, concedeu liminar que garantiu o retorno do empresário à presidência da Fecomércio-DF.
O mérito ainda não foi julgado. E, assim, com uma mão agarrada na liminar e outra segurando seu mandato, José Aparecido vai gerindo também o Sesc e o Senac. O empresário teve o apoio da maioria dos sindicatos filiados à Fecomércio-DF. Mas, dos 27, cinco deram entrada à ação judicial contra ele.
O primeiro vice-presidente Edson de Castro, que ocupou interinamente a presidência após a morte de Chico Maia, explicou, na ocasião, que não ocorreu um processo de eleição, mas, sim, de substituição. Segundo ele, a eleição mesmo e para valer será ano que vem.