Com 128 blocos cadastrados, o carnaval de Brasília deve arrastar multidões pelas ruas, a exemplo do ano passado. Boa parte do público que frequenta a folia é formada por pais e filhos, e, apesar dos cuidados familiares, muitas crianças acabam se perdendo dos responsáveis. Em 2016, o feriado mobilizou mais de 1,2 milhão de pessoas no Distrito Federal.
Atenta a essa realidade, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social criou um contato no aplicativo WhatsApp, o SOS Criança Foliã (99212-7776), para agilizar o encontro de filhos perdidos pelos pais e dar um suporte às pessoas que estejam auxiliando os pequenos desgarrados.
A ferramenta passa a funcionar na sexta-feira (24) de carnaval. É a primeira vez que esse tipo de serviço será oferecido no DF. O objetivo, segundo a secretaria, é tornar ainda mais ágil e eficiente a localização da criança, com o auxílio de uma tecnologia utilizada pela maioria das pessoas.
\”O ideal é que as pessoas sempre deixem as crianças com as forças de segurança, pois esses profissionais contam com um sistema de comunicação capaz de devolvê-las o mais rápido possível aos seus parentes\”Coronel Leonardo Sant’Anna, subsecretário de Integração de Operações de Segurança
O subsecretário de Integração de Operações de Segurança, coronel Leonardo Sant’Anna, explica que o Criança Foliã também vai servir para desafogar o serviço de atendimento de urgência 190, além de oferecer atendimento especializado num momento delicado. “Teremos o apoio de profissionais de todas as áreas de segurança, que, ao receber a mensagem, vão entrar em contato imediato com os responsáveis pelos blocos para anúncio no som do evento”, detalha.
Na prática, a pessoa que achar o pequeno deverá adotar alguns procedimentos simples. Na mensagem inserida no WhatsApp, ela deverá se identificar e, em seguida, informar o local em que encontrou a criança. Por fim, deve tirar uma foto dela e informar com que agente público foi deixada.
Esses agentes poderão ser policiais militares, bombeiros, profissionais do Detran e, ainda, o responsável pelo bloco ou um brigadista, como orienta o subsecretário. “O ideal é que as pessoas sempre deixem as crianças com as forças de segurança, pois esses profissionais contam com um sistema de comunicação capaz de devolvê-las o mais rápido possível aos seus parentes.”
O Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) será o responsável por colher informações e prosseguir com o atendimento a cada a ocorrência recebida. Além dos profissionais das forças de segurança envolvidos neste processo, o órgão contará com a parceria da Vara da Infância e da Juventude e do Centro de Assistência Social (Cras).
A secretaria pede à população que só envie para esse canal mensagens relativas à localização de crianças perdidas, garantindo fluidez e agilidade ao serviço. Caso a ferramenta alcance o resultado esperado, a pasta deverá utilizá-la em outros eventos de grande porte.
Dicas de segurança às famílias
A secretaria recomenda aos pais que conversem com o filho e expliquem que, caso ele se perca, procure um policial, bombeiro ou brigadista, que têm trajes específicos e de fácil visualização. Segundo o coronel Sant’Anna, alguns pais costumam julgar esse tipo de orientação desnecessária. “Nós sabemos que não é assim, justamente pelo volume de atendimentos desse tipo de ocorrência durante este período festivo”, alerta.
Outra orientação é fazer a carteirinha ou pulseiras de identificação infantil, por meio do site da Polícia Militar do DF. Os documentos estão sendo emitidos nas estações de metrô da Praça do Relógio, em Taguatinga, das 7 às 9 horas; e na estação central da rodoviária do Plano Piloto das 17 às 19 horas.
A distribuição ocorrerá sempre antes do início das festas e nos horários de maior movimento e fluxo de pessoas. A novidade este ano é que a distribuição de identidades infantis será feita por meio de vans da PMDF, que estarão estacionadas em alguns locais de concentração dos blocos de carnaval. Para adquirir a carteirinha, os interessados só precisam levar uma foto 3 x 4 da criança.
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