José Matos
As pessoas não sabem diferenciar solidão de solitude. Solidão sente a pessoa egoísta que se tranca em casa e não procura ninguém e, é claro, também não será procurada. Isto causa dor, tristeza e depressão. Já a solitude é um estado de isolamento voluntário e positivo, usado para leitura, meditação, reflexão…
“A pior solidão é quando a gente mesmo se abandona, se despreza, se descrê, se deixa num canto. É a pior porque fecha portas. Desvia possíveis olhares, desencanta nossa figura e nos cega para as surpresas do encontro, para as graças delicadas do acaso. Sejamos nossos melhores cúmplices. Quem quer ser feliz, começa assim, enamorando-se da própria alma”.
Os grandes mestres quando vêm à Terra em missão, formam grupos de discípulos para ensinar, permutar e meditar. Mas tiram seus momentos de solitude para reflexão, meditação, oração e contato com a fonte criadora. Grandes mestres cultivam solitude, e nunca solidão, porque a solidão é negativa e só acontece a pessoas egoístas e negativas. Chico Xavier dizia: “Uma pessoa solidária jamais sente solidão”.
Ensina-se nas aulas de religião, sociologia e antropologia que o ser humano é gregário. Ou seja: tem necessidade de estar junto, de partilhar. É assim que existe a sociedade, um conjunto de sócios solidário. Mas há também um elemento oculto: a troca energética que acontece quando há afeto. Essa energia é alimento da alma, ensinou André Luís no livro “Nosso Lar”.
Pessoas fechadas e solitárias sentem subnutrição energética, que causa irritação, impaciência, agressividade e falta de vontade de viver. É preciso amar. Quando não se tem alguém em particular, deve-se amar os familiares, os sobrinhos, os amigos, colegas, órfãos, idosos, animais ou plantas.
Não há ninguém que não possa amar. Não há ninguém que não precise receber amor. Ame, e tudo o que você fizer estará certo, ensinou Santo Agostinho.