Dos seis pré-candidatos ao Buriti, apenas Agnelo tem vice. Nas outras chapas ninguém quer ser índio
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A duas semanas do prazo limite (30 de junho) para a realização das convenções partidárias com vistas às eleições de 5 de outubro, apenas um dos seis pré-candidatos ao Palácio do Buriti definiu o nome de seu companheiro de chapa: o atual governador Agnelo Queiroz (PT) tentará a reeleição com Tadeu Filippelli (PMDB). Entre os demais, as negociações não avançam, uma vez que ninguém abre mão em benefício de outro postulante.
Depois que o principal adversário do petista, o ex-governador José Roberto Arruda (PR), viu a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) desistir de compor sua chapa, a única certeza que ele tem é de que o nome será uma escolha pessoal do pai da parlamentar. Joaquim Roriz já manifestou a aliados a preferência pelo nome do ex-governador biônico Rogério Rosso (PSD). Este, no entanto, anunciou uma aliança com o SDD, do ex-comunista Augusto Carvalho, que negocia, preferencialmente, com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB).
O socialista, determinado a montar o palanque do presidenciável Eduardo Campos no DF, também sonha com um vice ideal. Conseguiu atrair o deputado Reguffe (PDT), mas ele, por enquanto, é pré-candidato ao Senado. Mesmo assim, após seu partido confirmar o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), aumentou a pressão do presidente nacional da legenda, deputado Carlos Lupi (RJ), para que Reguffe tente a reeleição para a Câmara. Mataria, assim, dois coelhos com uma cajadada: aumentaria a bancada na Casa que assegura tempo de TV e participação no Fundo Partidário, e atenderia ao apelo do PT para não dividir os votos da esquerda com Geraldo Magela.
O deputado Luiz Pitiman venceu a batalha interna para ser o candidato do PSDB ao GDF. Mas não tem conseguido sensibilizar outras legendas. Sinalizou para o DEM, cujo presidente regional, Alberto Fraga, está muito mais propenso a caminhar com Arruda para voltar a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. A distrital Eliana Pedrosa (PPS) foi outra em que Pitiman investiu. Ela, da mesma forma, o convidou para ser seu vice. Não houve acordo. E Eliana também já admite uma aproximação com Arruda, de quem foi secretária de Desenvolvimento Social até 2009.
Na extrema esquerda, Toninho Andrade (Psol) se esforça para vencer o sectarismo de seus correligionários, abrindo as vagas de vice e de senador para outras legendas. Seu alvo é o PV. Mas os radicais acham mais coerente um acordo com o PSTU, o PCO e o PCB, agremiações que, historicamente, obtêm resultados eleitorais pífios não só no DF, mas em todo o País.
Senado
Ainda na chapa majoritária, todos os partidos têm encontrado dificuldades em aglutinar forças para a corrida à única vaga de senador. O PT escolheu o deputado Geraldo Magela como pré-candidato. Mas com o cuidado de avisar que não é questão fechada, embora poucos creiam nisso. O partido disponibiliza as duas suplências. A primeira delas seria para o distrital Alírio Neto (PEN) – que também foi sondado pelo PR, inclusive para vice de Arruda – e a segunda vaga ficaria com um representante das igrejas evangélicas.
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O senador Gim Argello (PTB) tentará se reeleger com um discurso de muitos serviços prestados a Brasília e seu Entorno durante o mandato. Torce para que a ex-primeira-dama Weslian Roriz aceite a sugestão do presidente do PRTB, Luiz Estevão, para ser a primeira suplente na chapa. A segunda vaga, no imaginário de Gim, seria uma líder religioso – um padre ou um pastor evangélico.