O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) está com inscrições abertas para o Voluntários da Coleta Seletiva. Por tempo indeterminado, e de caráter permanente, pessoas de todas as regiões administrativas abrangidas pela coleta seletiva serão capacitadas para atuar na conscientização de amigos, familiares e vizinhos. O trabalho de recrutamento e cadastramento é feito pelo Portal do Voluntariado, no âmbito do programa Brasília Cidadã.
No site, há um link em que o cidadão faz a inscrição para cada região abrangida. A coleta seletiva é dividida em 24 áreas de atuação. Os encontros são marcados conforme a demanda. O último ocorreu em 25 de abril. Na reunião de capacitação, os voluntários aprendem sobre a separação dos resíduos recicláveis, dias e horários da coleta e recebem materiais gráficos para distribuir.
O diretor-adjunto do SLU, Silvano Silvério, destaca que o Distrito Federal passou por muitas transformações com o fechamento do aterro controlado do Jóquei, conhecido como lixão da Estrutural, a abertura Aterro Sanitário de Brasília e a realocação dos catadores para galpões de triagem.
“A qualidade do material que chega aos galpões é muito ruim. Vamos discutir como vocês podem ajudar o SLU e o governo nessa tarefa. De nada adianta implementarmos uma ação, contratarmos catadores e cooperativas se a população não fizer a separação do lixo de forma adequada.”
As ações podem ser feitas da seguinte forma:
- Corpo a corpo: com vizinhos, escolas, comércio, igrejas, familiares e amigos
- Reuniões com grupos diversos: assembleias de condomínios residenciais, por exemplo
- Em redes sociais
- Por e-mail
Cada etapa do programa durará quatro meses.
Em janeiro deste ano, oito organizações de catadores de material reciclável foram selecionadas para trabalhar nos galpões de triagem alugados pelo governo de Brasília. Com a desativação do lixão, o governo paga às cooperativas até R$ 350 por tonelada triada. Porém, as remunerações dependem do aproveitamento do material. São de R$ 250 (para aproveitamento de até 40% dos resíduos separados); de R$ 300 (de 40% a 70%); e de R$ 350 (para mais de 70%).
Por isso, é importante que o resíduo que chega aos catadores seja da melhor qualidade possível. O educador social e ambiental do órgão Rondinele Vieira esclareceu que tirar os catadores do lixão foi um grande passo, mas que pode ser feito muito mais. “Hoje, eles estão em um local apropriado, mas com pouco material para trabalhar”, frisou.
O aterro controlado do Jóquei foi oficialmente fechado em 20 de janeiro. A partir do dia 29 do mesmo mês, a área passou a ser chamada de Unidade de Recebimento de Entulhos. O local recebe apenas resíduos da construção civil, até que sejam concluídas as licitações para áreas de triagem. A entrada está restrita a pessoas cadastradas no SLU. O funcionamento é de segunda a sábado, das 7 às 19 horas.