O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) se posicionou contrariamente à nota publicada no início da tarde desta segunda-feira (1º) pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de condenar o lockdown determinado pelo Governo do Distrito Federal.
“A posição do SindMédico é no sentido de preservação da vida da população e também das condições de trabalho para os profissionais da saúde”, diz nota distribuída pelo presidente da entidade, Gutemberg Fialho. “Todos os países do mundo enfrentam a mesma pandemia e as medidas de contenção estão claras. Não há mais o que se discutir em relação a isso”, emendou.
De acordo com o Sindicato dos Médicos do DF, “medidas de contenção seriam desnecessárias caso a população cooperasse mantendo o distanciamento social e as medidas sanitárias cabíveis. Ao governo cabe preparar o sistema de saúde, informar a população e fornecer leitos e vacinas em uma velocidade compatível com a necessidade da população”.
A nota do SindMédico-DF diz que a entidade “tem desempenhado um papel informativo desde o início da pandemia, com informações divulgadas nas redes sociais e na página eletrônica www.sindmedico.com.br/coronavirus”.
Desastrada – O Brasília Capitalapurou que o ofício encaminhado pelo CRM ao governador Ibaneis Rocha (MDB) não foi uma decisão unânime da diretoria. O texto afirma que o lockdown é uma “medida ineficaz e condenada até mesmo pela Organização Mundial da Saúde, não salva vida e faz os pobres muito mais pobres”.
A redação do documento, segundo fonte ouvida pela reportagem, foi uma exigência da ala bolsonarista do CRM. Um médico membro do Conselho, contrário a este posicionamento e que pede para não ser identificado, avaliou a redação como “desastrada”.