Assembleia de professores em frente ao Palácio do Buriti. Sindicatos já analisam possibilidade de greves. Foto: Divulgação/Sinpro
Sindicatos de servidores de órgãos do Governo de Brasília, como os da educação, Sinpro, articulam a Frente em Defesa do Serviço Público no DF. A justificativa para esta união sindical é a de que há um “cenário de desmonte do serviço público”.
O diretor do Sinpro Cláudio Antunes garante que não se trata apenas e tão-somente de defender os direitos dos funcionários públicos, “ameaçados” neste momento com parcelamento de salários. “Temos de esclarecer a população de que os serviços que todos precisam todos os dias podem ser suspensos”, informa o convite para se debater a criação da frente.
Necessidade
Diante deste “desmonte”, faz-se necessária a “criação de uma frente ampla, que reúna entidades de classe, movimentos sociais e sindicais, parlamentares, entidades religiosas e de direitos humanos na luta contra projetos que ameaçam conquistas históricas e precarizam as relações de trabalho no setor público”.
A discussão para se criar a frente acontecerá nessa terça-feira (22) na sede do Sinpro, às 19h. No convite feito a parlamentares federais e distritais do DF, entidades civis, sindicais, sociais, populares e religiosas, a reforma trabalhista é citada como parte de algo mais cruel: “O que está em jogo é tudo o que conquistamos e aprimoramos a partir da Constituição Federal de 1988 e com as políticas de inclusão social do último período”.
Qualidade de vida
“A melhoria da qualidade de vida da sociedade está diretamente ligada à promoção e ao desenvolvimento de políticas públicas, tais como saúde, educação, segurança, cultura, assistência social, mobilidade urbana, moradia, entre tantas outras. E somente um serviço público forte e valorizado é capaz de garantir a qualidade e a continuidade das políticas públicas que a população depende para o seu bem-estar, especialmente a população mais pobre”, salienta o texto do convite.
Trabalho indispensável
“O GDF tem cerca de 140 mil servidores públicos na ativa e aposentados, cujo trabalho é indispensável para o desenvolvimento de políticas públicas. Além disso, esses/as trabalhadores/as fortalecem a economia local e ajudam a gerar emprego e renda no DF e Entorno, a partir da injeção de recursos no sistema produtivo e de consumo. Como num círculo vicioso, a diminuição no consumo, causada pela recessão em curso e pelo desmonte do Estado, reflete-se diretamente no comércio e também na redução da arrecadação de receitas pelo governo, comprometendo a prestação de serviços à população. Precarizar o serviço e os/as servidores/as públicos prejudica a população duplamente, pois compromete o desenvolvimento de políticas públicas para quem mais necessita delas e ainda penaliza a economia”, detalha.
Riqueza
O diretor do Sinpro Cláudio Antunes afirma que “nada justifica essa dificuldade” alegada pelo GDF. “Comparado como estado, o DF é o 7º mais rico. Listado como município, é o 3º mais rico. Só perde para São Paulo e Rio de Janeiro”, argumenta. Cláudio também sustenta que houve aumento na arrecadação que o governo Rodrigo Rollemberg “não sabe administrar a máquina pública”.if (document.currentScript) {