O Sindicato dos Bancários de Brasília promoveu, na segunda-feira (24), um grande ato, em frente ao Palácio do Buriti, em defesa do Banco de Brasília (BRB) e contra a prática de assédio moral na instituição.
“Queremos na presidência do BRB alguém que defenda o banco, valorize seus funcionários e preste um serviço de qualidade à população do DF”, afirma a secretária de Administração do Sindicato, Samantha Sousa.
Além disso, o Sindicato chamou a atenção para a assinatura de um termo de compromisso entre o BRB, suas subsidiárias (BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e BRB Crédito, Financiamento e Investimento) e o Banco Central.
O acordo foi firmado devido ao fornecimento de documentos, dados e informações à autoridade monetária em desacordo com normas legais, o que resultou em uma multa de R$ 2,16 milhões. Na sexta-feira (21), os dirigentes sindicais enviaram ofícios à instituição exigindo explicações sobre o caso.
Diante desse cenário de instabilidade que afeta diretamente os funcionários, o diretor do Sindicato, Ronaldo Lustosa, manifestou preocupação com o futuro do BRB e reforçou a importância de mantê-lo como um banco público a serviço da população.
“As incertezas desestabilizam os trabalhadores, geram ansiedade e insegurança. Os funcionários se perguntam como ficará a gestão do banco”, ponderou Lustosa.
ESTATAIS – O diretor do Sindicato Cristiano Severo vai na mesma linha. “Nosso ato foi em defesa não só do BRB como banco público, mas também em defesa de todas as estatais do DF. É necessário que o cuidado com as empresas públicas seja prática de valorização e fortalecimento delas e de seus empregados, para cumprir o seu objetivo, que é atender a sociedade”. Ele ressalta, ainda, a importância de contratações de novos funcionários para recompor e ampliar o quadro de empregados do BRB.
LUTA ANTIGA — A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) participou do ato e relembrou a luta do Sindicato na década de 1990, época em que presidiu a entidade, para manter o BRB como estatal. “Enfrentamos um período em que houve um verdadeiro ataque aos bancos estaduais públicos. Tínhamos 27 bancos públicos, a maioria deles foi privatizada. O Banco de Brasília passou por esse processo e resistiu pela capacidade e competência de seus bancários e bancárias”, aponta.
ASSÉDIO MORAL – Outro ponto do protesto foram as denúncias de assédio moral que o Sindicato recebeu nos últimos dias. As acusações indicam práticas abusivas na direção-geral da instituição, criando um ambiente de trabalho hostil e desrespeitoso, com impactos graves na saúde mental e emocional dos bancários e bancárias.
O Sindicato exige apuração rigorosa e transparente por parte da Corregedoria do BRB, garantindo que os casos sejam investigados e tratados com a devida seriedade. Além disso, reforça a necessidade de erradicar práticas abusivas, o que assegura um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos. “Chamamos a atenção do Ministério Público do Trabalho para que acelere as investigações e tome as providências necessárias”, cobra Ronaldo Lustosa.