Falar da mesma coisa em duas notinhas, publicadas uma perto da outra, além de repetitivo, denota falta de imaginação. E supõe que o intitulado minicronista anda sem fôlego para expor algo sem importância a seu distinto público. Mas correrei o risco.
Há quem pretenda que suas cidades tenham a mesma cara, como fora demonstração de primeiro mundo e seus anúncios luminosos; há também os que persistem na ideia de que essa visão é a marca do nosso subdesenvolvimento mental, travestido de festa de halloween.
Tomando como base Brasília, que mantém profissionais em vigilância constante a seu Patrimônio Histórico (reconhecido mundialmente, é bom lembrar), fico a matutar sobre as outras capitais.
São Paulo já tem a sua Faria Lima, o Rio, seu Cristo Redentor, e até a Bolsa de Nova York tem seu boizinho de bronze para servir de símbolo da força do dinheiro – que até pariu uma cópia aqui, na capital paulista, um garrote de três metros de altura.
Nessa quase reflexão, escrevi sobre Curitiba, que, cosmopolita como ela só, tinha surrupiado de Belo Horizonte o título de ter a primeira Times Square do Brasil.
Nota-se, no meio das assinaturas a favor do Times Square Caboclo, o mutismo do Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural sobre o assunto.
À falta desse pessoal, daqui a pouco a Serra do Curral terá um letreiro desajeitado que nem o de Hollywood, L. A., mostrando, a este outro símbolo de BH a pujança dos destruidores de metáforas. Eles não param.