Cristão novo no PPS, o senador Cristovam Buarque procura agradar o líder da legenda, Roberto Freire. Na última semana, após uma audiência, passou a elogiar o ministro da Cultura pela iniciativa de recuperar o Teatro Nacional de Brasília, em parceria com o GDF. Cristovam criticou a construção do estádio Mané Garrincha para 70 mil espectadores, ao custo de quase R$ 2 bilhões. E atacou os artistas que, ao longo de três anos, “silenciaram diante deste crime contra a cultura brasileira”.
Alinhamento
O senador apontou duas razões para o silêncio dos artistas: a afinidade da classe com os governos federal e local de então, e a tradição brasileira de considerar ilimitados os recursos fiscais. “Dezenas de museus, cinemas, teatros foram sendo depredados, degradados e abandonados, ao lado de novos estádios e outros gastos públicos”, ilustrou, para dizer que o caso de Brasília não é único.
Cúmplice
Um ex-correligionário de Cristovam no PT fez uma única ressalva às críticas do senador: Como representante do DF, ele jamais havia feito tais observações em defesa do Teatro Nacional. E, se o faz agora, “é como cúmplice de um governo golpista que ele ajudou a instalar no Palácio do Planalto”.
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