Sete entidades representativas do setor de Tecnologia da Informação (TI) do Distrito Federal se reuniram nesta quarta-feira (11) com o governador Ibaneis Rocha para tratar de um projeto de desenvolvimento que pretende “mudar os rumos da economia local”. Denominado GforTI, o grupo apresentou um Manifesto Conjunto do Setor de TI do DF, que contém, entre outros pontos, 10 projetos ou ações prioritárias para o segmento.
O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei), Christian Tadeu, apresentou números expressivos do setor de TI no DF. Os números impressionaram o secretário de Economia, André Clemente, presente à reunião. São 5.220 CNPJs ativos e 1.178 empresas em plena atividade, que empregam 28 mil trabalhadores, além de mais de cinco mil técnicos que trabalham para as empresas de TI como pessoa jurídica.
No setor de TI, a mão de obra feminina já atinge 35% dos contratados e os negros e pardos são 44%. O que mais impressiona é o rendimento salarial médio nas equipes de trabalho, perto dos R$ 5 mil, o que demonstra a força do segmento. O segmento tem 136 técnicos com grau de doutorado, 203 com mestrado e 15.800 de nível superior.
Arrecadação – A arrecadação tributária das empresas de TI do DF em 2021 deve ultrapassar os R$ 375 milhões, o que representa a segunda maior arrecadação do GDF no setor de serviços, logo abaixo do setor financeiro. Djalma Petit, do Tecsoft, expor ao governador a necessidade de produzir um projeto de desenvolvimento empresarial, de fato, usando o poderio da FAPDF no apoio ao setor. A perspectiva é expandir negócios no governo federal e nos diversos estados brasileiros. O presidente dessa Fundação é Marco Antônio Costa Júnior.
A instalação efetiva do Parque Tecnológico Biotic é o grande anseio de todas as lideranças de TI, que acompanham de perto o planejamento que vem sendo feito. No documento entregue ao governador, e que já era do conhecimento do Secretário Gilvam Máximo, entre outros pontos, defende-se a revisão da Lei 6.140 (Lei de Inovação do DF) e a aplicação do Projeto Plataforma da Inovação em TI do DF, assim como o Projeto Candango de Inovação.
O setor quer integração com o GDF no desenvolvimento do Banco de Talentos e na aprovação do projeto de Política Distrital de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.
Outro ponto abordado foi a defesa de projeto de lei complementar assegurando repasse de recursos à FAPDF em nível proporcional aos desafios do setor. Os empresários ainda pediram para que Ibaneis considere e priorize a TecnoIogia da Informação como um dos Setores Portadores de Futuro para o DF.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF), Ricardo de Figueiredo Caldas, declarou que os empresários reconheceram ações do atual governo em relação ao setor. Destacou como estratégica a unificação da alíquota do ISS em 2%, em janeiro de 2020, em nível já praticado em outros estados, devolvendo condições de competitividade ao DF.
O setor de TI também reconhece mérito na decisão do GDF de recriar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, reivindicação apresentada em dezembro de 2018, no governo de transição, do qual os sete presentes à audiência de hoje participaram.
Estavam presentes no encontro com Ibaneis: Ricardo de Figueiredo Caldas, do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF); Christian Tadeu, do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei); Gilberto Lima, do Instituto Illuminante; Djalma Petit, do Tecsoft; Rodrigo Fragola, da Assespro-DF; Hugo Giallanza, da Asteps do Brasil; e Paulo Foina, da Abpti.