Desde as 6h desta terça-feira (9/9), 95 servidores técnicos em anatomia, radiologia, enfermagem e laboratório do Instituto de Medicina Legal (IML) paralisaram as atividades. Com a medida, não serão realizados serviços como necropsia e exames laboratoriais. Serão mantidas as remoções de corpos e exames laboratoriais, como os realizados em vítimas de estupro. Segundo a categoria, os trabalhadores devem cruzar os braços por 12h.
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Quem precisa do atendimento deve ficar prejudicado nesta manhã. Durante o período de paralisação, são cerca de 15 corpos, em média, que dão entrada no instituto e que devem deixar de ser periciados. Com isso, as famílias vão enfrentar atrasos para a liberação dos parentes mortos.
A categoria alega que o governo do DF não cumpriu o plano de reestruturação da carreira, promessa feita há mais de dois anos. A Associação dos Técnicos em Necropsia do DF (Asten) explica que iniciou a negociação em 2010. Na época, o GDF deu um aumento salarial, com a promessa de que o projeto seria aprovado depois, o que não ocorreu. O plano, segundo os servidores públicos, já foi totalmente elaborado pela Polícia Civil do DF (PCDF) e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). No entanto, a Secretaria de Administração, até o momento, não finalizou o processo.
Com a notícia de que o GDF só iria retomar o assunto depois das eleições, os servidores decidiram pela paralisação, que tem indicativo de greve geral caso não haja diálogo. Às 14h, eles devem ir à Câmara Legislativa para chamar a atenção de parlamentares para a demanda.