Em depoimento à Polícia Federal, o senador Marcos do Val (Pode-ES) entrou em contradição sobre a reunião golpista com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a suposta tentativa de gravar ilegalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes. Na nova versão, o parlamentar capixaba atribui a responsabilidade do plano ao ex-deputado federal Daniel Silveira.
Na primeira versão, na madrugada de quinta-feira (2), Do Val afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais que Bolsonaro teria o coagido “a dar um golpe de Estado junto com ele” e que renunciaria ao cargo de senador. O objetivo, segundo ele, seria demonstrar a parcialidade de Moraes e tentar reverter a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.
Outra inconsistência nas declarações de Marcos do Val recai sobre o local de encontro da reunião com Bolsonaro e Silveira, que teria ocorrido em 9 de dezembro de 2022. Em entrevista à Folha, disse que estava em dúvida e que achava que tinha sido no Palácio do Jaburu. Depois, mencionou a Granja do Torto, segunda residência da Presidência. À Veja, o senador garantiu que o encontro foi no Palácio da Alvorada.