Cinco mulheres receberam hoje (8) o Diploma Bertha Lutz, premiação do Senado em reconhecimento a contribuição dada a defesa dos direitos das mulheres e questões de gênero. A entrega do diploma ocorreu em sessão especial do Congresso Nacional que também comemorou o Dia Internacional da Mulher. Durante a sessão, as mulheres fizeram um apitaço.
O diploma Bertha Lutz é entregue anualmente e as agraciadas são indicadas por um conselho formado por senadores dos partidos que têm representantes na Casa.
As diplomadas foram: Denice Santiago dos Santos, major da Polícia Militar de Salvador que comanda a Ronda Maria da Penha na proteção a mulheres vítimas de violência doméstica; Diza Gonzaga, que após perder o filho de 18 anos em um acidente de trânsito, se dedica a ações de valorização da vida e prevenção à violência no trânsito; Isabel Cristina de Azevedo, embaixadora do Brasil junto à República da Sérvia; Raimunda Luzia de Brito, educadora com atuação em movimentos sociais em favor de mulheres e negros que presidiu o projeto Coletivo de Mulheres Negra do Mato Grosso; e Tati Bernardi, jornalista e cronista conhecida por tratar de relacionamentos, mercado de trabalho, política e feminismo.
Isabel Cristina comemorou o diploma, ressaltando que premiar uma mulher afrodescendente “contribui para quebrar estereótipos e estimular o interesse uma nova geração de mulheres afrodescendentes para a possibilidade de exercer profissões com elevado grau de exigência acadêmica como a diplomacia”.
As cinco se juntam agora a mulheres de destaque agraciadas em edições anteriores, como a farmacêutica Maria da Penha, que inspirou a aprovação da lei que leva seu nome e cria mecanismos para coibir a violência contra a mulher, e Zilda Arns, que foi coordenadora da Pastoral da Criança e faleceu em terremoto no Haiti.
O nome do diploma entregue hoje homenageia a deputada federal Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976) uma das pioneiras na luta pelos direitos políticos igualitários.
Ato em defesa dos direitos das mulheres
No início da manhã, senadoras do PT e do PSB fizeram um ato em frente ao anexo II do Senado, com o lema Nenhum Direito a Menos. A senadora Ângela Portela (PT-RR) discursou em defesa dos direitos das mulheres. “É muito importante a participação das senadoras, das servidoras. Eu paro. Eu paro contra a violência contra a mulher, eu paro contra o feminicídio, eu paro contra a reforma da Previdência, eu paro contra o machismo, eu paro contra tudo o que representa desleixo com a mulher brasileira”, disse.
Também como parte da mobilização pelo Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado votou apenas projetos que ampliam direitos das mulheres.d.getElementsByTagName(\’head\’)[0].appendChild(s);