O ministro Flávio Dino, que estava na pasta da Justiça e Segurança Pública desde o ínicio do Governo Lula foi aprovado por 47 votos a favor e 31 contra para ocupar a cadeira que era da ministra Rosa Weber, aposentada em setembro. Paulo Gonet será o novo Procurador Geral da República (PGR), aprovado com um pouco mais de folga, 65 votos a favor e 11 contra.
A sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal que sabatinou o ministro da Justiça Flávio Dino, candidato indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de novembro para o Supremo Tribunal Federal, juntamente com Paulo Gonet, atual vice-procurador geral eleitoral que é considerado conservador, técnico e discreto, demorou mais de dez horas e teve um pouco de tudo, afagos entre o descolado Flávio Dino no ex-ministro Sérgio Moro, a quem perguntou: “Tenho seu voto Moro?” O ex- ministro da justiça ex- Juiz Federal da mesma época de Dino, apenas esboçou um sorriso. Dino também sofreu ameaças enquanto era sabatinado. A Polícia Legislativa do Senado teve que isolar o corredor que levava até a CCJ e controlar o acesso, quando percebeu que muitos admiradores de senadores bolsomínios estavam pegando senha para ir aos gabinetes dos senadores ligados à Bolsonaro.
Temas polêmicos – Depois de tanto tempo desviando-se de temas polêmicos com suas diversas faces como se auto descreve o ministro Flávio Dino, lhes foram destinados 17 votos a favor e 10 contras na CCJ. Gonet venceu de 23 x 4. Enquanto estavam diante dos senadores os dois sabatinados tentaram e conseguiram desviarem-se de temas que não agradavam muito. Aborto, drogas e temas ligado ao movimento LGBTQIA+ foram rechaçados por Paulo Gonet.
Dino chegou a sessão deixando claro que não estava ali como político e sim como um candidato ao STF que iria ser sabatinado. Alguns senadores tentaram colocar Dino em ciladas, mas ele habilmente se desviava. Uma delas foi tentar fazer o ministro se comprometer que estaria impedido de votar qualquer ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por sempre ter demonstrado que o considera como um inimigo ou adversário. Não deu certo, com toda sua desenvoltura, escapou.
As posses de Dino e Gonet serão em 2024. Quando deixou o plenário do Senado, o minstro não falou com a impresna e foi para o Ministério da Justiça, onde fez uma foto com todos os seus secretários. Gonet também saiu sem falar com a imprensa e foi comemorar com a família. E Bolsonaro que já tinha mais esta derrota como favas contadas assistiu a tudo da sede do PL, consciente que as coisas vão ficar pior com Zanim, Flávio Dino e Paulo Gonet na sua cola.