Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (28), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que desde o domingo da semana anterior (20) o governo trabalha \”full time\” (em tempo integral) em busca de um acordo. A expectativa é de que a normalidade seja retomada. Guardia disse que em breve a redução de preços chegará à bomba. Segundo ele, assim que a reoneração for aprovada, mais medidas serão definidas. Ele não adiantou essas ações.
O ministro lembrou que antes do anúncio de ontem, da redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, o governo havia definido a redução de R$ 0,23. No diesel, há R$ 0, 46 de tributos federais: na Cide, R$ 0,05 por litro e mo PIS/Cofins, de R$ 0,45. Guardia disse que haverá subvenção federal dos tributos. Segundo ele, o máximo a que será possível chegar é R$ 0,16, que serão compensados com a reoneração da folha de pagamentos, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. O restante, R$ 0,30, virá do Orçamento da União.
Mais cedo, o ministro afirmou que o custo da redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro deve ficar em R$ 9,5 bilhões este ano.
Petrobras
Eduardo Guardia afirmou também que o reajuste de preços de combustíveis será feito inicialmente daqui a 60 dias e depois, mensalmente. Ele negou risco de prejuízos para a Petrobras,que terá liberdade total para fixar a política de preços. \”Primeiro, 60 dias, depois, mensalmente. Não há nenhum prejuízo para a Petrobras\”, disse o ministro. \”Não há congelamento de preços.\”
Segundo ele, os preços serão alterados para cima ou para baixo, dependendo das reações do mercado internacional. A entrevista do ministro é concedida um dia depois de o presidente Michel Temer anunciar o acordo com os caminhoneiros para encerrar a paralisação nas rodovias federais. O governo negociou a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel e a suspensão da cobrança de pedágio para caminhões vazios, entre outras medidas.