A seletividade alimentar infantil é um comportamento que pode ser caracterizado pela recusa alimentar, pouco apetite ou desinteresse por determinados alimentos. Essa seletividade na infância é comumente encontrada principalmente para frutas e hortaliças, gerando ansiedade e preocupação nos pais, já que a escolha é prioritariamente por alimentos com pouco valor nutricional.
É necessário atenção para os casos de seletividade alimentar infantil, pois ela pode se perdurar pela adolescência e até à vida adulta. A seletividade pode levar a situações que desencadeiam a má relação do indivíduo com a alimentação, principalmente quando há um grande número de alimentos que a criança não consome, ou pela falta de interação com novos alimentos.
Essa seletividade não causa transtornos alimentares, mas pode apresentar desenvolvimento de déficits nutricionais relacionados aos alimentos rejeitados, isolamento social devido a dificuldade de frequentar lugares que não oferecem os alimentos aceitos, desenvolvimento de mais seletividade alimentar, piorando assim sua relação com os alimentos e possíveis escolhas adequadas.
A criança ainda pode variar na seletividade, aceitando em determinado momento o alimento que antes era rejeitado ou ainda rejeitar um alimento que antes era consumido sem dificuldade.
Também é importante saber diferenciar a seletividade alimentar da dificuldade alimentar. Na seletividade, a criança apresenta poder de escolha dos alimentos que deseja comer, demorando mais tempo para aceitar mudanças no cardápio e na introdução de novos alimentos.
Já na dificuldade alimentar, a criança apresenta escolhas alimentares restritas, que podem ser consequência da falta de habilidade para comer ou interpretar estímulos sensoriais dos alimentos.
Existe uma grande variedade de alimentos que podem ser apresentados com formas diferentes de preparo e ofertadas repetidas vezes, para facilitar a aceitação e adaptação da criança, diminuindo possíveis carências nutricionais e não afetando no desenvolvimento infantil.
Em casos de dificuldade alimentar, é recomendado acompanhamento nutricional e psicológico, onde os profissionais vão analisar e tentar entender a verdadeira causa dessa dificuldade alimentar e assim evitar o prejuízo no desenvolvimento infantil.
(*) Texto elaborado pelas estudantes da Universidade Católica de Brasília: Bárbara Almeida, Jamile Braz, Juliana Almeida e Rhaylane Gomes.
Revisado por: Caroline Romeiro.