Seis marcas de azeite de oliva estão impróprias ao consumo. Segundo o ministério da Agricultura, as marcas Oliveiras do Conde, Quinta Lusitana, Quinta D’Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto já estão sendo recolhidas dos supermercados e atacadões de todo o país. A venda também foi proibida.
Os responsáveis pelas marcas são as empresas Rhaiza do Brasil Ltda, Mundial Distribuidora e Comercial Quinta da Serra Ltda. Os comerciantes que forem flagrados vendendo os produtos, após as advertências, serão denunciados ao MPF (Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão), encaminhados à Polícia Judiciária para eventual responsabilização criminal e multados em R$ 5 mil por ocorrência com acréscimo de 400% sobre o valor comercial dos azeites.
Algumas dessas marcas de azeite foram fraudadas. A fiscalização encontrou os produtos fraudados em oito estados: Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, em redes de atacado, atacarejo e pequenos mercados. Foram analisadas 19 amostras do azeite Oliveiras do Conde; oito do Quinta Lusitana e duas da marca Évora. Até uma fábrica clandestina que fraudava o azeite das marcas Da Costanera e Olivais do Porto, foi encontrada, em Guarulhos (SP).
Atualmente, o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, perdendo apenas para o pescado, alerta o diretor do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Glauco Bertoldo. Os produtos fraudados custam em média entre R$ 7 e R$ 10, e o verdadeiro azeite de oliva tem preço a partir de R$ 17.
*Por Chico Sant’Anna, com base em informações da Ascom do Ministério da Agricultura