Após o 1º turno das eleições para nosso sindicato no último dia 17, teremos a decisão em 2º turno nesta sexta-feira (31). Agradecemos a todos e todas policiais civis do Distrito Federal que compareceram às urnas para escolher uma nova direção e para fortalecer o Sinpol-DF.
Compreendemos perfeitamente as razões de quem não sentiu ânimo de ir votar, mas estamos aqui para ajudá-los a reagir, porque todos são fundamentais para recuperarmos nossa entidade e, por meio dela, nossos direitos, assim como a nossa história.
“O passado é um segundo coração que bate em nós” e o Sinpol-DF, em um passado recente, foi uma entidade cuja direção representava nossos anseios, havia interlocução com a categoria, com os governos, nossos patrões – que não devem ter delegação para falar por nós. Nossa categoria era forte e respeitada por nossa união e disposição de luta.
Somos a Chapa 50. Fizemos uma campanha limpa, honesta, sem recursos, que continua vibrante, cheia de esperança, a fim de recuperar nosso passado e construir um futuro melhor para nós e para nossas famílias. Chegamos ao segundo turno para enfrentar propostas e atitudes que não nos parecem condizentes com nossos anseios.
Queremos, com a ajuda de nossa categoria, encerrar um período em que quiseram nos fazer acreditar que foi Papai Noel, a Fadinha do Dente ou o Coelhinho da Páscoa que nos deram direitos trabalhistas como a jornada de trabalho, o plano de carreira, as férias, o 1/3 de férias, o 13º, as licenças-saúde, prêmio, os vales refeição e transporte, as escalas de plantão outrora 24/48 , 24/72 (essa já caiu pela OIT), a mais moderna de 12/48 ou 12/72, o repouso semanal remunerado, a previdência social, a aposentadoria, a isonomia com a Polícia Federal, dentre tantos direitos que não caíram e nem cairão do céu.
Nós lutamos para obter, mas muitos querem destruir. Direitos trabalhistas não são tão naturais quanto chover ou fazer sol! Férias pagas, por exemplo, só foram possíveis com a luta dos trabalhadores franceses, em 1936! Trabalhadores esses que lutam hoje contra a perda de seus direitos previdenciários, como perdemos no Brasil, sem luta e sem direção, provocando a falta de dignidade no trabalho e o aumento indiscutível de doenças psicológicas.
A era do homem escravo bate às portas insistentemente.
Essas conquistas venceram as trevas da escravidão que subjugava até crianças e aconteceram em séculos de luta! Por elas, pessoas se uniram, lutaram, foram punidas e até perderam suas vidas. Organizaram-se em associações, em sindicatos para conseguirem trabalhar com a dignidade que nossa condição humana requer!
Por isso, é o Sindicato uma entidade eminentemente política – não tenhamos medo de compreender isso -, porque tem que fazer a política que interessa, em nosso caso, Policiais Civis do DF. Sindicato tem lado: o lado da categoria que representa! E tem que combater as políticas que nos prejudicam, com toda a união e com toda a força!
E quando a direção de um sindicato se esquece disso, a categoria que diz representar começa a perder direitos que conseguiu com união e muita luta. E é isso que vem acontecendo com a Polícia Civil do DF!
Não é possível não lutar também, hoje e agora, para que as policiais mulheres tenham, para além de salários e condições de trabalho de todos nós, espaços adequados que atendam e respeitem as diferenças.
A PCDF é uma carreira típica de Estado. Seus integrantes possuem formação adequada, são escolhidos por concurso público. Portanto, têm que ter condições de trabalho apropriadas e salários condizentes para desempenharem bem suas funções, a fim de gozar do respeito por parte do Estado e da população a que servimos, a qual necessita ter suas demandas solucionadas.
Sem menosprezo ou menoscabo a nenhuma outra Polícia, não aceitamos que se diga que somos uma polícia só juntamente com outras forças de segurança do DF. Somos a Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia da União no Distrito Federal.
Somos a Polícia que tem como função precípua investigar, de forma técnica e científica, levantando provas cabais para munir o Ministério Público e o Poder Judiciário na prolação das sentenças, sendo instituição indispensável e determinante na persecução da Justiça.
A Polícia Civil é polícia judiciária e a isonomia com a Polícia Federal, polícia Judiciária da União, é a única equiparação que nos cabe, garantida pela constituição.
É inaceitável pensionista da Polícia Civil, hoje, receber 50% a menos do que recebem pensionistas militares, além de inaceitável o desconhecimento de que, por exemplo, não recebemos o bônus que tais militares recebem ao se aposentarem, mas mesmo assim quererem insistir em uma falsa ideia de nivelamento da PCDF com eles.
As propostas da Chapa 50 dizem respeito aos anseios de nossa categoria policial civil do DF. Somos quem somos e nunca mudamos de lado. Não usaremos de subterfúgios como tirar fotos com adversários políticos, combatidos até ontem, com mentiras, difamações e virulência apenas para enganar nossa categoria, fingindo um poder que de fato não possui.
Nossa interlocução com o atual Presidente da República, em alinhamento e sintonia – e também com total autonomia – busca manter a independência que todo o sindicato deve ter, e certamente nos abrirá portas que podem nos ajudar no atendimento de nossas reivindicações.
Vamos ao 2º turno com garra e confiança em nossa categoria. E com motivos para isso. A chapa concorrente alcançou, com todo o poder econômico exibido, 1.123 votos. Mas, as demais chapas somadas, alcançaram 1.672 votos.
Isso significa que ela não venceu a eleição e a categoria mostrou querer mudança.
Nós, Chapa 50, somos a mudança necessária e urgente.
Por isso, conclamamos a todas e todos os policiais civis, da ativa e aposentados, inclusive aqueles e aquelas que não votaram no 1º turno, a comparecerem às urnas no próximo dia 31 de março.
Mudar para reconquistar e ampliar direitos!