O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, vai ao Haiti amanhã (15) visitar comunidades atingidas pelo Furacão Matthew. Ele vai à cidade de Les Cayes acompanhado do presidente haitiano Jocelerme Privert. Cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelo furacão que devastou o país no último dia 4 de outubro; quase 500 pessoas já morreram.
A passagem do Matthew provocou inundações e destruiu sistemas de água e saneamento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme o aumento dos casos de cólera e enviou um milhão de doses de vacina para o país e kits contra a doença.
Além dos problemas de saúde pública, 300 escolas foram destruídas ou danificadas e 100 mil crianças não poderão retornar às aulas tão cedo. Estima-se que no Sudoeste do Haiti, 80% das casas perderam o telhado e a maioria dos hospitais sofreu grandes danos. Ao menos 100 instalações não podem funcionar na região. Mais de 61 mil pessoas foram retiradas de suas casas por segurança.
Incidentes – Segundo a Missão das Nações Unidas no Haiti (Minustah) ocorreram vários incidentes de segurança durante a entrega de ajuda para as vítimas. Em Les Cayes, as tropas da ONU precisaram disparar munição não-letal para evitar que multidões saqueassem um comboio humanitário.
Nesta semana, as Nações Unidas lançaram um apelo de US$ 120 milhões em prol dos haitianos, mas apenas 5% do valor foi financiado pela comunidade internacional.
O furacão Matthew agravou a situação do país caribenho já afetado pelo terremoto de janeiro de 2010 que matou mais de 220 mil pessoas. Depois disso, o Haiti passou ainda por três anos de seca relacionada ao El Niño. O país já registrou mais de 229 mil mortes causadas por desastres naturais nos últimos 20 anos.
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