A qualidade do serviço prestado pelas empresas de transporte interestadual que liga as cidades do Entorno ao Distrito Federal é desumana. A avaliação foi feita pela secretária do Entorno, Caroline Fleury, durante entrevista à TV Brasília. Para ela, as tarifas são caras, o número de coletivos é reduzido e os trajetos são muito longos, implicando em grande demora no tempo das viagens.
“O preço da passagem gera segregação e desemprego, porque o empregador não dá conta. Como pagar R$ 22 de vale-transporte por dia? A população pega ônibus de péssima qualidade, que quebram no meio do caminho. O cidadão gasta um dia da semana (4 horas por dia) dentro de um ônibus, igual a uma sardinha. Isto na melhor das hipóteses, quando o ônibus não quebra”, disse Fleury.
A secretária também criticou a Agência Nacional de Transporte Terrestre. “A ANTT parece não entender que a população do Entorno, que tem aproximadamente 1 milhão e meio de habitantes que se dirigem ao DF, precisa ser tratada com prioridade. O cinturão do desenvolvimento da capital está no Entorno, assim como o consumo do turismo de Brasília”. E concluiu: “As indústrias têm áreas para se instalarem no Entorno, onde também está a maior parte da mão de obra do Distrito Federal”.