O Distrito Federal – como todo o Centro-Oeste e partes das regiões Norte e Nordeste – passa por um longo período de estiagem que já dura mais de quatro meses. Nos últimos dias, foram registradas temperaturas elevadas, acima dos 36 graus, e taxas de umidade relativa do ar abaixo dos 10%.
Este conjunto de fatores reduz a quantidade de água nos córregos e rios que formam os reservatórios que abastecem a população. Os níveis dos lagos Descoberto e Santa Maria estão acima da média para esta época, assim como o Paranoá.
Mas a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) recomenda atenção para os sistemas que atendem as cidades de Sobradinho, Planaltina, São Sebastião, Jardim Botânico e Brazlândia. Eles dependem de captações a fio d’água (sem reservatório de acumulação) e poços tubulares profundos.
As captações de água dessas localidades mais ao nordeste e ao leste do DF são conhecidas como “Pequenas Captações” e são mais vulneráveis ao período de estiagem, pois estão localizadas em rios com baixas vazões e, portanto, com reduzida disponibilidade hídrica.
Os pontos de captação Capão da Onça e Barrocão ficam em Brazlândia. Contagem, Paranoazinho e Corguinho atendem Sobradinho. Já o córrego do Fumal, Mestre D’Armas, Quinze, Brejinho e Pipiripau servem Planaltina. Em São Sebastião, o abastecimento é feito, principalmente, por poços tubulares profundos também submetidos à baixa disponibilidade hídrica nos períodos de seca.
Revitalização – A Caesb investe para melhorar o abastecimento de Planaltina e Sobradinho. Em setembro, foram entregues obras de revitalização dos canais de irrigação Santos Dumont, na região norte de Planaltina, que utilizam a água do Pipiripau.
As obras realizadas no ramal principal e nos oito canais secundários do Santos Dumont vão contribuir para reduzir o índice de perdas de água e ampliar a disponibilidade hídrica para os produtores rurais e os moradores de Planaltina e de Sobradinho.
Uso racional – Este ano, o DF teve bons índices de precipitação (chuvas). No entanto, a Caesb alerta que a população não pode descuidar das medidas que evitam o desperdício de água. E dá algumas dicas para o uso racional da água. Um banho de 20 minutos, desperdiça, em média, 130 litros de água. Para se ter ideia, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda o uso diário por pessoa, para necessidades de consumo e higiene, de 110 litros.
Uma torneira aberta continuamente durante três minutos gasta 18 litros de água. Ao escovar os dentes recomenda-se fechar a torneira e só abrir quando for enxaguar a boca. Na lavagem da louça, a atitude deve ser a mesma. Com a torneira aberta continuamente, o gasto médio é de 240 litros. Abrindo e fechando a torneira, o gasto cai para 70 litros.
Uma torneira mal fechada desperdiça 46 litros por dia. Uma correndo em filete gasta 180 a 750 litros. Já uma aberta normalmente pode gastar até 12,5 mil litros de água por dia. Uma descarga comum gasta de sete a 10 litros de água. É necessário sempre observar se a válvula está regulada, se não há furos nos canos e as torneiras da casa estão bem fechadas.
Ao limpar calçadas, a melhor opção é varrer a sujeira, em vez de utilizar mangueiras, reduzindo assim o uso inadequado de água potável. Outra opção de economia é utilizar a água da lavagem de roupas para fazer esse tipo de limpeza.
Hidrômetros – A instalação de hidrômetro individual é um avanço nas questões condominiais. Além de reduzir o desperdício de água, faz uma cobrança justa pelo consumo real de cada unidade habitacional. A medição
individualizada incentiva o consumo responsável de água e propicia mais atenção aos aspectos de manutenção das instalações hidráulicas. Afinal, em caso de problemas como vazamentos, há um aumento da conta mensal individual, induzindo o morador a tomar providências imediatas.
Mais informações: https://www.caesb.df.gov.br/images/arquivos_pdf/Economizar-Agua5.pdf https://www.caesb.df.gov.br/images/campanhas/campanhaagua/10Dicas.consciencia10.pdf