O que o pessoal do vôlei temia começou a acontecer. Como o esporte agora é um importante player (!) do mercado – leia-se patrocínios etc. e tal –, aumentaram os riscos de quem trata do assunto. E de quem vai aos ginásios, digo, arenas, assistir jogo de seu time preferido. Ou acreditar nos comerciais do Sportv, que sugerem a você ficar em casa, assistindo partidas até dos adversários. Melhor.
Mas os torcedores entenderam isso e imitam o futebol, onde presidente de clube ou dono de SAF, a S/A do Futebol, mandam menos que as Organizadas (?). Daí, hoje, participam como experientes técnicos. Que nem nos estádios com nome de biscoito.
O técnico do Minas, o italiano Nicola Negro, foi a primeira vítima. Alegou mudança de ares, ou coisa parecida, pra se despedir da função. Mas a razão oculta, sabem os repórteres atentos, foi o xingamento da plateia, culpando Nicola pela derrota em um jogo. E até pedindo a substituição de jogadoras pra mudar o placar.
Quando o esporte ficar mais parrudo, vão correr riscos os árbitros, os gandulas, as arquibancadas, e até os vídeos do Desafio, o Var usado pelo vôlei. E, a continuar do jeito que vai, hashtag #VaiPiorar pros dirigentes do vôlei. Por merecimento.
PS Já o Sportv, poderia se esforçar mais: tem letreiro que anuncia jogo diretamente de Brasília – mas, quando você abre o canal, é uma transmissão de surfe de água doce, produzido por máquinas de simular ondas mixurucas, que parecem mais um piscinão montado no Eixão. E a transmissão nem era de Brasília. Era do Qatar, ou de Abu Dhabi, sabe-se lá.